sábado, 24 de dezembro de 2016


Le Monde Diplomatique - ed. portuguesa
16/12 às 21:45 ·


SÍRIA
«Quem são os rebeldes sírios?»
- BACHIR EL-KHOURY
Depois de quatro anos de guerra, a batalha de Alepo continua a ser crucial para o futuro da Síria. Os insurrectos, cercados desde Setembro pelas forças pró-governamentais na parte Leste da cidade, pertencem essencialmente a movimentos islamitas. Mas as suas milícias não têm o monopólio da radicalização, da integração de combatentes estrangeiros nem do discurso religioso.


[Excerto:]

"A multiplicidade e a diversidade dos actores armados que participam na batalha de Alepo, muitos dos quais provêm do estrangeiro, explicam a duração e a extensão do conflito sírio. Para se compreender a situação importa evitar as simplificações na terminologia que é utilizada a propósito dos combatentes. Identificar tanto as tropas «rebeldes» como as forças que apoiam o exército regular pressupõe também que se compreenda as suas ideologias e os seus projectos políticos. As informações recolhidas juntos de investigadores e de pessoas presentes no terreno podem, no entanto, divergir, em particular quanto ao número de combatentes. Convém por isso usá-las com precaução.

No que se refere à oposição armada ao regime de Bachar Al-Assad, distinguem-se três tipos de grupos: os que combatem de maneira autónoma, os que se associam entre si e os que coordenam os seus assaltos através de um «centro de operações» (ghourfat al’âmaliyyat). Em Alepo Oriental, onde viverão ainda 250 mil pessoas, bem como nos bastiões rebeldes próximos, dois «centros de operações» principais reúnem no total entre 10 mil e 20 mil homens. O primeiro, designado Jaích Al-Fatah (Exército da Conquista), representa cerca de um terço dos soldados rebeldes. É composto, entre outros, pela Frente Fatah Al-Cham, a ex-Frente Al-Nosra (o ramo sírio da Al-Qaeda) e pelos seus aliados.

A coligação Fatah Halab (Conquista de Alepo), mais moderada, reúne várias facções próximas dos Irmãos Muçulmanos ou filiadas no Exército Sírio Livre (ESL). (...)"

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