quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Poema meu (Obra REGª)




















DE AMOR…





Repousa a cabeça no meu colo quente…

Fecha os olhos para que o sol alto

não fira teus olhos dormentes…

Deixa que meus braços te mantenham num equilíbrio emocional,

que os dedos sentem nos poros que continuam a respirar-te.



Não fales…ouve a voz da Natureza…ouve os pássaros

que passam por nós a saudar-nos, sem nos verem…

sente o odor das flores a derramarem cores…

Se a montanha, de vida no ventre, pode viver sem falar,

por que a não ouvimos só a respirar?



Ouve esta aragem que o vento, lentamente, nos faz chegar…

Esta brisa perturbante que nos ondula o cabelo

Como quando passa rasante por uma seara quente…

esse mar embriagado de semente ousada e crescente



Depois, sem que eu conte, abraça-me…

…diz-me do perfume natural da minha pele ardente

colada a teu peito de um modo tão presente…



Podes ciciar loucuras ao meu ouvido…

… eu saberei responder-te com um vocabulário desconhecido,

que só tu e as abelhas loucas podem compreender…



Abraça-me, sim, com a força tonta do amor

…e juro-te que , se o mar nos vir e ouvir

nada tentará fazer para nos separar.

Maria Elisa Ribeiro



Fev/016

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