terça-feira, 29 de novembro de 2016

Poema meu








Poema:

RUMORES POÉTICOS

Há copas de árvores que querem rever a
última colina, antes de deixarem de ver o mar.
________Erguem-se, então, elegantemente arboriformes,
__________para escutarem o sussurro de uma página de água,
____________por entre folguedos das silvestres-sílabas-das-sílabas
da língua que,
no poema,
_______________ fala do que descobre, quando inventa sons de ler.


Tudo isto se passa em rumores dissidentes do mar,
que as quer apagar para ouvir as consoantes
que faltam às palavras de PAZ e de AMOR
nas falésias húmidas
e verdemente musguentas de bolor.

*São rumores---------------são árvores----------------são sílabas!*

Os anjos rodopiam , em redor…
Mas não se vê o seu branco esplendor,
quando as falésias só a água do mar amam , Senhor!
Apedantadas, chegam naquela pele musgosa
que prefere sempre o fulgor das águas prateadas.

Vêm Línguas de todos os poemas, num rumor marinho, lento…
¬¬_________São palavras sussurradas ao crepúsculo do relento,
_____________de quando a Lua ameaça acalmar a revolta do mar.

*Ali perto, no adro da Capela secular,
soam as músicas vibrantes dos sinos que,
não querendo a guerra, nos poem a cantar:” Avé-Maria, Senhora do Mar,
vem até mim, cobre-me com teu manto e deixa-.me acalmar.”

*Avé-Maria-------------Capela secular-------------Rumores do Céu-------------*


Maria Elisa Ribeiro-Portugal
Out/016

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