sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Poema de minha autoria(Obra Regª)

















Poema

AMOR

Minhas mãos divagam, cegas, por entre os teus cabelos.
São aves de asas perdidas,
decididas a encontrar um ninho nos teus desvelos.



Fazem secretas viagens nas tempestades de verão
[no inferno dos meus sentidos.]

Movem-se, em madrugadas secretas
escondidas no alvorecer,
no meio de folhas erectas da glória de viver.

Ocultas e atrevidas, foram tocar-te, imprudentes,
ao seio nocturno das luzentes estrelas,
deitadas num areal de espuma,
a saborear uma língua de mar…

…e dou-te o olhar molhado de labaredas, ao luar…
…dou-te, ainda, o canto do meu corpo
[em sinfonia de amor]

A noite, apressada, transmite-se corpo-a-corpo
em acordes musicais
que cheiram a maresia,

na revolta das ondas de espuma
em maré de Lua-Cheia
da concha dos meus ouvidos,
a sentir-te ciciar.



O Sol parou
nas encostas
dos horizontes dormentes
das escarpas ,decididas
a manterem-se insistentes …

Maria Elisa Ribeiro

MRÇ/013

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