"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
História de Portugal: a Batalha dos Atoleiros
Batalha dos Atoleiros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha dos Atoleiros
Crise de 1383-1385
Data 6 de abril de 1384 (632 anos)
Local Atoleiros, Fronteira (Portugal), Portugal
Desfecho
Vitória portuguesa
Combatentes
Nações:
Reino de Portugal Nações:
Reino de Castela
Comandantes
Liderados por:
Nuno Álvares Pereira Liderados por:
Fernando Sánchez de Tovar
Pedro Álvares Pereira
Pero Gonzalez de Sevilla †
Martim Anes de Barundo
Forças
Total de homens:
-1,400 homens
1,000 soldados a pé
300 cavaleiros
100 besteiros Total de homens:
-5,000 homens
3,000 soldados a pé
2,000 cavaleiros
Baixas
Perdas:
Não houve baixas Perdas:
Muitas
A Batalha dos Atoleiros ocorreu a 6 de Abril de 1384, no actual município português de Fronteira, distrito de Portalegre e a cerca de 60 Km da fronteira comCastela, entre as forças portuguesas, comandadas por Nuno Álvares Pereira, e uma expedição punitiva castelhana, enviada por João I de Castela, junto da povoação do mesmo nome, no Alentejo.
D. Nuno Álvares Pereira, chefe militar português que tinha sob o seu comando uma força de 1.500 homens de pé, dos quais 100 besteiros e 300 lanças(cavalaria ligeira e pesada). As forças castelhanas invasoras contavam com um efectivo com 5.000 homens.
Por esta altura, Nuno Álvares Pereira fora nomeado pelo Mestre de Avis como fronteiro do Alentejo, temendo este a entrada em Portugal do exércitocastelhano por aquela zona. Partindo de Lisboa, D. Nuno aumentou o número dos seus homens pelo caminho e aproximou-se do exército inimigo, que intentava cercar Fronteira. Mais numerosos e conscientes que D. Nuno os iria interceptar, os castelhanos enviaram um emissário ao chefe do exército português, tentando dissuadi-lo. Perante a recusa dos portugueses, o exército castelhano foi ao seu encontro. O exército português já os aguardava, formando um quadrado (retângulo, mais precisamente) com a maioria das lanças na vanguarda; nas alas e retaguarda estavam os peões, misturados com algumas lanças. Os castelhanos atacaram com a cavalaria, que foi contida pelas lanças e por virotões, o que gerou grande desordem. A batalha durou pouco, tendo sofrido o exército castelhano pesadas baixas.
As tropas castelhanas, que depois de desorganizadas foram tomadas pelo pânico, começaram a fugir em todas as direcções, sendo perseguidas por todo o resto do dia pelas forças de D. Nuno Álvares Pereira, que lhes deu caça até à distância de cerca de sete quilómetros do local da batalha.
A batalha dos Atoleiros constituiu na Península Ibérica a primeira e efectiva utilização das novas técnicas de defesa de forças de infantaria em inferioridade numérica perante uma cavalaria pesada muito superior. A mais conhecida destas será a técnica de «pé terra»» ou «pé em terra», pela primeira vez usada em Portugal: consistia em peões armados com lanças a esperar a carga da cavalaria inimiga, adoptando uma táctica defensiva.
Uma das mais curiosas notas da batalha é que, embora as forças de Castela tenham sofrido perdas muito elevadas, principalmente com muitos mortos entre a cavalaria pesada (que era a força castelhana mais importante), do lado português não ocorreu uma única morte, julgam alguns, nem se registaram feridos - algo pouco provável, pois o ataque castelhano consistiu primeiro em atacar a cavalo e, como tal não surtiu efeito, nova investida foi feita a pé, havendo então combate corpo a corpo.
Este facto só por si foi importante pois, para a realidade da Idade Média, um ambiente extremamente condicionado pela religião, a inexistência de mortos ou feridos foi vista como um prova de que o lado português tinha o apoio de Deus.
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