quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Poema meu(Obra Regª)











PARA LÁ DO TEU SORRISO





Diferente foi o dia que ficou por contar…

…que viveu o Ontem do Hoje,

de um Futuro do qual nada há para saber…

e meus dedos tristes não vêem o que sentem,

quando tudo querem escrever.



Insistentes, tacteiam o papel, à procura

da verdade dos sentidos

em que te quero viver.



Minh’alma, do lado de Lá do teu sorriso, sente o frio do mar distante, que promete fazer chegar ondas do rubro horizonte, para me afagarem a fronte fixa num ponto ondulante. Na consciência, está a poesia onde cabe a desilusão da alegria…

…o sorrir amargo da ilusão…

…a agonia do dia em que o papel não reconhece

as palavras que me tacteiam e que são apenas de amor.



As estrelas, luz genital do espaço, procriam com outros corpos celestes e geram claridades num firmamento ideal. Nas noites dos dias em que se possa tentar responder ao pensamento, ouvir-se-ão os sons de uma montanha de emoções…

… carregada de manhãs de orvalho

…que entram em todos os atalhos das ilusões das flores.



Os caules entorpecidos absorverão as palavras não-escritas, que são o código genético do poema onde te beijo a Alma a saber a raízes despertas,

a desertos de longínquos calores,

a mares sobressaltados de sorrisos

das ondas, numa Outra Ilha-dos-Amores.





Para Além do teu sorriso,

só contarei, DEPOIS,

a noite-do-dia que ficou por revelar…







Maria Elisa Ribeiro-DEZ/015






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