segunda-feira, 26 de setembro de 2016

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À quinta votação na ONU, Guterres continua o favorito
EM ACTUALIZAÇÃO:

BÁRBARA REIS

26/09/2016 - 16:12


Ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados ganhou mais uma votação informal no Conselho de Segurança.
DENIS BALIBOUSE / REUTERS




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Mais uma vez, os 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas deram a maioria dos votos a António Guterres, o ex-primeiro-ministro socialista e ex-alto comissário da ONU para os Refugiados que está há meses numa intensa corrida para o cargo de secretário-geral da organização.

Guterres manteve esta segunda-feira a mesma votação que teve no último escrutínio informal, a 9 de Setembro: 12 votos a "encorajar", dois a "desencorajar" e uma abstenção.

Todos os outros oito candidatos ainda na corrida desceram posições, em particular os que têm disputado os lugares imediatamente a seguir ao topo.

Mais uma vez confirma-se o padrão das quatro votações anteriores e não há um segundo lugar sólido.

O eslovaco Miroslav Lajcak, que do nada emergira a meio da corrida e se instalara transitoriamente no segundo lugar, teve agora menos votos do que há duas semanas (8 "sim", 7 "não" e zero abstenções) e desceu para terceiro. Foi ultrapassado pelo sérvio Vuk Jeremic (8-6-1). O esloveno Danilo Turk e a argentina Susanna Malcorra ficaram empatados, tendo ambos recebido a "fórmula" 7-7-1, que poderá ser lida como um resultado que anula a própria candidatura.

A seguir, em sexto e sétimo lugares, ficaram a búlgara Irina Bokova (6-7-2) e a neo-zelandesa Helen Clark (6-9-0). Em penúltimo está agora o macedónio Srgjan Kerim (6-9-0) e em último a moldova Natalia Gherman (3-11-1).


Esta quinta votação informal dos 15 membros do Conselho de Segurança — que além dos cinco permanentes, inclui agora Angola, Egipto, Espanha, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Senegal, Ucrânia, Uruguai e Venezuela — encerra o primeiro ciclo do processo de escolha do próximo secretário-geral da ONU.

O sul-coreano Ban Ki-moon deixa o cargo em Dezembro deste ano, após dois mandatos de cinco anos.

Depois de seis meses de campanha aberta, e num esforço por introduzir mais transparência na escolha do que é conhecido como "o emprego mais impossível do mundo”, este ano a ONU incluiu no processo, para além de cinco eleições informais, duas audições públicas com todos os embaixadores dos 190 Estados-membros e uma audição de uma hora, à porta fechada, com o Conselho de Segurança.

O próximo passo é a 4 de Outubro, quando o Conselho de Segurança votar de novo e usar, pela primeira vez, um código de cores. Apenas os votos dos cinco membros permanentes serão coloridos — esta é a forma de o mundo saber se os votos de "desencorajamento" vêm de um país com poder de veto.

Só se fazem straw polls para a escolha do secretário-geral das Nações Unidas desde 1991, pelo que o histórico tem apenas 25 anos. O padrão existente indica no entanto que, para o primeiro mandato, os candidatos a secretário-geral que foram front runners e tiveram um apoio continuado nas votações seguintes acabaram por ser o nome proposto à Assembleia Geral da ONU.

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