quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Boa tarde, amigos de Lusibero!(com texto meu)





Começa, hoje, o Outono.




Para os poetas mais pessimistas, esta é uma parte do ano conotada com a tristeza, pois se o Outono nasce e se repete todos os anos, o mesmo não acontece com o Homem.




Todos nos queixamos dessa Verdade inexorável; todos sabemos que não sabemos se haverá outro Outono ,para cada um de nós. É essa a nossa triste certeza! Quem mais se preocupou com esta temática foram os existencialistas, que se queixavam de que, Deus nos tinha abandonado, com essa treta da história do livre arbítrio. Tudo nos é permitido fazer, porque somos seres inteligentes... Mas, assim, DEUS tramou-nos, porque não assume as nossas responsabilidades nem nos aconselha. De pois, e ainda por cima, condenou-nos a deixar de Existir, ELE que é eterno e diz, por meio de embaixadores alheios, que somos iguais a ELE!




Isto levar-nos-ia por outros caminhos, longos caminhos pelos quais não quero enveredar, porque afinal, eu só vos queria falar do Outono!




O Outono é lindo! O chão cobre-se de cores variadíssimas; as árvores dão-nos os frutos; as sementeiras maduras dão o trigo e o milho, nosso Pão de cada dia!As árvores despem as folhas velhas e alegram os nossos passeios com um solo que pisamos,multicolorido. A terra ,mais silenciosa que o habitual, dá-nos mais sombra e encolhe-nos a luz do dia, para que a vida dos campos e das montanhas possa repousar do brasido dos dias de sol.




É caso para terminar com uma pequena estrofe do poema "No silêncio da terra " de António Ramos Rosa, que diz, tão simplesmente:







..."Aí

o teu corpo

renasce

à flor da terra.

Tudo principia."







Maria Elisa Ribeiro

Mealhada, 22 de Setembro de 2016

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