quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Equipa conduzida pelo médico investigador João Taborda descobre o caminho para uma possível cura da Leucemia infantil.


Portugueses descobrem caminho para potencial tratamento de leucemia infantil

Publicado ontem às 18:26

Uma equipa de investigadores portugueses descobriu como travar a evolução de um tipo de leucemia frequente nas crianças, anunciou hoje o Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.


O trabalho foi desenvolvido por uma equipa de investigadores sob a coordenação de João Taborda Barata, com «resultados bastante promissores no que respeita ao potencial desenvolvimento de uma terapêutica alternativa para tratamento da leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), um tipo de leucemia bastante frequente em crianças», revela o Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Publicada na revista científica Oncogene, a investigação estudou o papel da proteína 'CHK1' em doentes e concluiu que esta se encontra 'hiperativada', permitindo a viabilidade das células tumorais e a proliferação da doença.

«Demonstrámos que a expressão do gene CHK1 está aumentada neste tipo de leucemia. O curioso é que o CHK1 serve como uma espécie de travão para a multiplicação celular, mas acaba por ajudar as células leucémicas porque as mantém sob algum controlo. Se inibirmos o CHK1 as células tumorais ficam tão 'nervosas' - o que chamamos de 'stresse replicativo' - que acabam por morrer», explica João Barata.

Deste modo, o CHK1 constitui «um novo alvo molecular para potencial intervenção terapêutica em leucemia pediátrica», acrescenta.

A equipa de investigadores utilizou um composto farmacológico (PF-004777736) para inibir o gene CHK1 e verificou que o composto induzia a morte de células de LLA-T (leucemia linfoblástica aguda de células T), sem afetar as células T normais.
Lusa

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