sábado, 29 de março de 2014

PoEMA :

Poema:

COMO UMA ONDA DE MAR…

Por vezes, procuramos palavras que tardam em aparecer.

Talvez se percam em labirintos inimagináveis.

Talvez sequem, momentaneamente, como as folhas de Outono
[que hão-de reaparecer...]


Talvez rebentem no brilho inquieto das águas da chuva, prestes a
[cair...]


Por vezes, sinto que basta apenas Sentir,
para que se alinhem numa pauta de frases que componho,
ao descodificar sensações-memórias-de-outras razões,
confusões das páginas de um dicionário de emoções
onde não sabem como viver…

A luz do sol brilha todos os dias nos espaços irrequietos de MIM…

Sinto falta de um abraço, onde essa luz me sorria…
…um abraço a cheirar a raízes de fortes flores,

que indique o norte aos ventos, desnorteados de odores.

Por que não rebenta em mim a Primavera ousada
dos cânticos, que se não podem cantar?
Se até os rios tumultuosos galgam margens, sem se poderem conter…

Sabes?
Penso que as ondas do mar desafiam Tudo-de-Mim
quando,
livres se deitam, assim…desfeitas em sentimentos por esses areais, sem fim.

Vão-se os séculos…
Vão-se os anos…
Vão-se os tempos…e elas são Sempre, assim…

… por que não me olhas, como se fosse uma golfada de brilho,
nas voltas de uma onda de mar?

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
OUT/013(REG.)

Sem comentários:

Enviar um comentário