"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 13 de maio de 2013
POEMA : VIDA-MAR
POEMA:
VIDA- MAR
( du matin au soir…le midi)
Têm séculos as caminhadas que a poesia faz por sobre as águas do mar,
(du matin au soir…le midi.)
Vieram correntes marinhas a empurrar Literaturas de Identidade
em águas sulcadas por incertezas glaciares.
Veio o sol, pelo meio-dia, a fazer a vida ser,
quando a poesia ,
como praia batida pela força das ondas,
se perdia naquele Longe –Distante, de um Além-Oriente-a-ver…
…e colinas de desejos ofegantes diluíram-se
em aromas de palavras-a-solfejar
a identidade metafórica
de navegantes ensejos…………………………………………………………………………………………
Subiram heras pelas grades da poesia dos mares,
a enroscar girassóis vivos
desabrochados na alma do velho mar,
a permanecer nas veias do povo adamastor
em ânsias desmedidas de um Lá-longe, Talvez-por-amor…
Mas o céu escureceu e as conchas soltaram ondas,
que se diluíram
em areais de outras sonhadas areias…………………………………………………………………………
meio-dia…meia vida do mastigar saudades obscurecidas
pelos crepúsculos das auroras- boreais…
Ah, como amo os pinheiros vergados aos vapores dos rios de bruma!
-que se tornaram cais dos mares de espuma,
num coro de noites invernais……………………………
……………………que soam Lá-longe,
na margem d’Outros ares ……….orientais……….. du matin au soir…………sempre-
Mais……………….
Uma concha raiada de bruma adormece, ainda,
na palma da mão de uma vela-escuna…
Maria Elisa R. Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)-
CQ16-(OI)-/013
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