quarta-feira, 17 de outubro de 2012







PALAVRAS NAS NUVENS-LIVRES


Mesmo que não me oiças nem vejas ou sigas os passos meus…
 …eu quero-te…
…e quero-te nas subtis entrelinhas do poema
que a razão me dita,
 com o sentimento a escorrer pelas veias dum pedaço de papel…

                                                 !Quero-te!

E as flores que se abrem, na Primavera, juntam seus doces odores
à sombra  deste inconformismo do amar,
premente…a  despontar.

Então,
canto, no meu poema, o renascer permanente da vida
com todas as vozes do mundo dentro da minha voz.
É isso que exige a Humanidade…
------------------------------------------que  seja  um de entre todos,
------------------------------------------um qualquer de entre vós
------------------------------------------a abrir a boca das palavras a que não se dá voz!

Da maceração das sílabas, dos fonemas de todos os lexemas
elas sairão, prontas a derrubar um muro de ideias …
…ideias nefastas, madrastas no dividir a Mensagem-Paz
-----------------------------------------que deve fluir, livre como nuvem flutuante,
-----------------------------------------ao encontro do Ser.

O amor e o querer derrubam muros…Por isso te digo

                                                                !Quero-te!

Será que vais ler meu poema
 ao som do ribombar de um qualquer trovão
que te desperte a emoção?
Só então voarão livres os pássaros de fogo
e se abrirão novas e frondosas flores!
Só então correrão rios por entre as searas, a caminho do mar…
Só então…
                   -quem sabe?-
                    a paz ataque a guerra…
e corramos livres pela terra, na aragem das palavras-livres-das-nuvens…



Marilisa Ribeiro-Maio/ 012

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