quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ANÁLISE POLÍTICO-SOCIAL-AS COISAS , COMO AS VEJO...DEPOIS DAS MANIFESTAÇÕES DO DIA 15 de SETEMBRO de 2012

ANÁLISE PESSOAL DOS ÚLTIMOS DIAS VIVIDOS EM PORTUGAL

Depois das manifestações de dia 15 de Setembro…


“O homem poderoso que junta a eloquência à audácia torna-se um cidadão perigoso, quando lhe falta o bom senso ”-EURÍPEDES (-480/-406 ), dramaturgo da Grécia Antiga citado no jornal “PÚBLICO”, no dia 17 de Setembro de 2012.





Não me agrada reagir aos acontecimentos “ a quente”; por conseguinte, esperei e pensei durante uns dias, desde as grandiosas manifestações de sábado, passado dia 15 deste mês, para falar sobre esse assunto.As estimativas de participação de cidadãos nestas manifestações que varreram o país de Norte a Sul, de Este a Oeste, apontam para mais de um milhão de revoltados, em pacífica presença, em todas as grandes cidades do país. Lisboa e Porto eram “um mar” de gente, com todos a proclamarem que queremos a nossa vida de volta.

O Facebook conseguiu juntar pessoas indignadas com o que o incompetente governo de Direita nos tem estado a fazer, de cuja “gota de água “ que fez transbordar a nossa quase escrava submissão, foram as cruéis medidas anunciadas por passos coelho e pelo amorfo e incompetente ministro das finanças, nos dias anteriores à grande manifestação do passado dia 15.Devo dizer, para quem me lê pelo mundo fora, a partir do BLOG “LUSIBERO”, que serão (seriam?)NOVAMENTE-os pobres e os reformados a pagar tudo o que passou pela tonta cabeça destes dois homens. Os ricos e as grandes empresas iriam, segundo avalizadas opiniões, os ganhadores destes dinheiros, pagando menos impostos que os pobres! Da Esquerda à Direita, mesmo grandes nomes dos partidos da coligação de direita no poder, vieram a público condenar as ideias do governo, por terem visto, como todos nós vimos, que seriam os pobres, os reformados e os trabalhadores a pagar “ a factura!” de todos os enganos e previsões do homem das finanças, de todos os roubos que se processaram em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, das reformas multi- milionárias de tipos que estiveram em centros de poder e de dinheiro, que nós, os mais simples portugueses, não fomos capazes de detectar.E quem sabia e podia impedi-lo, não o fez! Uns por medo, outros porque pensaram no seu futuro de oiro!

Passos Coelho, mais só que nunca, com a paranoia de ser mais “TROIKISTA” que a chamada TROIKA internacional, perdeu a cabeça e assinou aquilo que nem a troika pediu! Com um ar arrogante e desafiador, um auto convencimento de superioridade bacoca e uma falta de humanidade que lembra a alma negra dos ditadores, “ditou”, pela TV, que tínhamos que pagar ainda mais, porque o dinheiro tinha que vir, o mais depressa possível; para colmatar as incapacidades de previsão do ministro das finanças, É CLARO! Mas isto não o disse ele, digo-o EU! Para além do mais, não cumpriu com todas as regras da Democracia, nomeadamente, dar conhecimento aos parceiros do Acordo de Concertação Social, e, segundo alguns membros da coligação, qualquer coisa não foi clara, nos bastidores deste circo…

Estamos, por consequência, a viver momentos que nos recordam, tristemente, os anos escuros da miséria e privações que foram os anos 40/50/60 do século passado. Nesses anos, não havia democracia e quando se elegia uma vítima esta era punida de forma violenta, como se não fosse um ser humano, com alma, com dignidade existencial. Que o digam todos os que passaram pelos calabouços da PIDE-DGS…os que moirejavam no Alentejo, de sol a sol, por uma miséria de salário, os que dividiam uma sardinha por todos da família…Hoje, às portas das paróquias, dos Centros de Ajuda aos Pobres, da CÁRITAS portuguesa, as filas aumentam e não há produtos que cheguem para matar a fome aos pobres!

E o que diz a isto o governo? Passos Coelho até parece que fugiu… não se vê.

Recordo que meses atrás, entrevistado por uma estação de rádio, o nosso Presidente da República reconhecia que não havia mais espaço para tanta austeridade sobre SEPRE os mesmos.
O próprio primeiro – ministro, que um dia diz uma coisa e no dia seguinte diz outra, afirmou, dias antes do fatídico anúncio das novas taxas sobre os pobres e os reformados e pensionistas, q eu não, que não havia previsões de mais austeridade…que as contas estavam controladas… Que grande mentiroso! Era precisamente o contrário…e viu-se no seu comunicado “tsunami”, dias antes das manifestações em que este povo lhe quis dizer que NÃO…já não vivemos nas cavernas …já passámos o “BOJADOR”…vestimo-nos, calçamo-nos, comemos…
Fico por aqui, amigos…
Voltarei, com novidades, se se justificar…


Mealhada, 19 de Setembro de 2012-09-19
Maria Elisa Ribeiro


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