FOTO PESSOAL
SUSSURROS, A FLUTUAR…
Que pena de perder um sussurro a flutuar
no respiro ofegante de um leito de luar!
Deíficos cheiros telúricos…odor a terra molhada…
Incentivos ao orvalho-vida rendado
das teias tecidas entre ramos fulgurantes
de árvores pujantes.
Lendas de moiras e damas desprendem-se das tramas
das memórias medievais,
que por aqui cavalgam em histórias ancestrais.
No cume da imponente montanha,
por entre as silvas das ruínas,
desfez-se o castelo d’outras eras
ao som de guerras estranhas e de ventos imponentes de lendas tamanhas.
Vagueiam sedas do corpo, imersas em nostalgias.
As palavras saem mudas de minha boca fechada…
Perdem-se no chão de desejos e estranhas magias…
Meu leito perdeu-me…está comigo, sem mim,
nos braços teus que não estão aqui…
A chuva, indiferente, bate nas janelas.
Gotas de água rebentam, como espadas de saudade,
na grandiosidade de um místico temporal.
Sinto o frio da não-dádiva…
Não consigo abrir o peito para me acomodar, em mim…
A Vida suspira e afasta as lendas feitas pedras, do caminho
onde os lábios da existência se fecham à turbulência dos sentidos.
Meu olhar, apagado, perde o fogo de um
amanhecer perturbado…
Minhas Horas são espectros dos sussurros
das lágrimas desperdiçadas
longe de ti, amor.
Fecho-me no meu castelo…
Cai a chuva…não há luar!
R-C13N-1- (ERT) -JAN/012
Marilisa Ribeiro
( o primeiro poema de 2012)
Um ano novo cheio de paz ,amor e muitas felicidades.
ResponderEliminarBeijo.
Tudo de bom em 2012!
ResponderEliminarMoisés:obrigada e bom ano para si e seus familiares, também.
ResponderEliminarAbraço da
Mª Elisa
Manuel: um beijinho de bom ano, junto de tua família.
ResponderEliminarBeijo
Lisa