segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

LITERATURA

 

“Os filhos não vão, a vida leva-os.”
Filhos são como pássaros: criamos asas neles sabendo que, um dia, voarão. Não para longe de nós, mas para perto do mundo que os espera. Há que amá-los com a consciência de que o amor não é uma posse, mas um impulso.
Não é que eles partam por vontade própria — é que a vida os chama. Já não somos o centro de suas escolhas, já não temos autoridade sobre seus passos. E isso não é abandono; é a essência do amor verdadeiro.
Você não comanda, você acolhe.
Você não dita, você respeita.
Você não prende, você confia.
Eles buscarão outros ninhos, outras mãos para segurar e outros horizontes para conquistar. Criar filhos é saber que nossas raízes, por mais profundas que sejam, não os podem segurar. Eles precisam da própria terra para crescer, do próprio céu para voar.
E quando partirem, leve com você essa certeza: eles carregam consigo tudo o que você plantou. O cuidado, o amor, os ensinamentos. Você não é mais o vaso que os sustenta, mas a base sólida de onde nasceram suas asas.
Eles vão enfrentar ventos e tempestades, mas levarão o calor da sua proteção na memória. E mesmo quando não te chamarem, estarão te sentindo. No silêncio de um momento difícil. No alívio de uma vitória. No conforto de saber que, onde quer que estejam, seu coração é casa.
Você ficará sempre dentro deles:
No alicerce de sua coragem.
Na sombra que protege suas jornadas.
Na luz que guia os passos incertos.
E quando pensarem em voltar, será porque você foi mais do que mãe ou pai: foi abrigo, foi amor, foi lar.
Faça a vida dos seus filhos tão feliz que, mesmo quando partirem, queiram voltar. Nem que seja por um instante, só para segurar a sua mão e dizer: “Eu não fui. A vida apenas me levou. Mas você sempre esteve comigo.”
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