terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

POEMA








 NOITE

a noite que foi vindo escura
pediu para nela pendurar estrelas
que iluminassem o céu.
acedi ao seu pedido
mas, naturalmente, cansei-me…
(alguém já reparou bem, em quantas estrelas há no céu?)
meus braços chegaram a um ponto que já não me
permitiam obedecer…só as estrelas me mereciam tal esforço...
... a lua estava para chegar com seu brilho de fulgir…
tudo termina em cansaços
braços
olhos
estrelas e espaços
a vida flui; é um novelo que se desenrola, que se desmancha
como um livro amarelo, silencioso que se abre folha-a- folha,
dia- a- dia, no gosto cinzento das brisas do vento que, vindo de longe
nos permite cheirar a maresia, que tem segredos onde não podemos chegar
pois ,sem voz, não nos pode responder, mesmo que prossigamos a perguntar…
Oh, tudo cansa…
Tudo acaba em tédio
e desesperança!
Tudo é Nada...
Tudo enfada...
Tudo pesa e depois,
morre na verdade do Nada!
Maria Elisa Ribeiro- OUT/016

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