terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Poema meu(Obra Regª)














POEMA:

BREVES

Falo comigo imensas vezes…
…continuamente, diria.
Quantas vezes Me tenho dito
que, por muito que tente,
não consigo deixar de pensar…
Pensamentos irrequietos, talvez dinâmicos,
sempre a moverem-se de um tema de vida para outro,
de uma memória passada para um Presente…
tudo de tal modo, em simultâneo, que me sinto
sem uma pausa para discernir e Me fixar numa coisa, apenas…
…uma palavra, uma imagem, uma acção, um som, um beijo-em-botão…
Humana como sou, sirvo-me das palavras…
Os homens são seres de palavras!
Tenho, por isso, uma vozinha persistente dentro da cabeça,
que calo, esvaziando-a com esses seres
que Me andam a deslizar pelo corpo,
mortinhas por Me chegarem à ponta dos dedos,
com que escrevo meu poema.

É por isso que, ao usar minhas palavras, visto um vestido longo e brilhante, especial, para dar sentido ao mundo que me rodeia, e dialogo com elas, como se tivesse um copo de bom vinho nas mãos embriagadas de alegria de um rumor interior que ,eu, depois de o escrever, o passo , alegremente, para os olhos de qualquer leitor. O pior é, quando essa vozinha dentro da minha cabeça, se não quer calar…

Maria Elisa Ribeiro-Portugal- NOV/016

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