sábado, 3 de dezembro de 2016

POEMA meu (Obra Regª)
















Poema:

POEMA

( PERDOA…ACHO QUE SONHAVA…)

Afaga-me, às escuras, e canta-me aquela canção
que fazia embaciar os vidros da janela…
Acaricia-me e repara como as aves enamoradas
pelas nossas sombras se esquecem delas próprias,
para voarem, lentas e admiradas, nas asas do vento…
Vê como se alongam, estendidas nos leitos do Tempo…

Dança comigo a música do luar azul-prateado a romper
por entre as árvores, até nos chegar ao telhado.
Recorda-me aos ouvidos, aquela melodia de sons ciciados
aos quais eu respondia, meio-drogada- meio atordoada…
Deixa que os meus dedos escorreguem pelos teus cabelos,
até aos teus mais íntimos segredos inscritos a letras suaves,
nas sílabas dos versos decididas a sabê-los.

Depois, que à nossa volta surjam ilhas…rosas…junquilhos…
…mariposas…duendes…fadas…enquanto brilharemos
frente aos oceanos, deitados em montículos de areias preciosas…

( Perdoa…acho que estava perdida num sonho…)

Cor de malva é o crepúsculo, com árvores de tom esmeralda…
Mas, nada disso conta, quando a canção que me cantas,
embacia os vidros da janela.

Chama pelo meu nome, mais uma vez, dentro da minha boca…
…assim…a trocar teu corpo com o meu…
( Havia um sonho cansado sobre as minhas pálpebras,
mesmo antes de teres chegado…
Havia…Houve…Já não Há…)

Há quem diga, que são os anjos que atiram estrelas
por sobre a terra, para que as noites aqueçam.
Não digas a ninguém…mas, se voltasses, talvez te pudesse
mostrar,
também,
onde se escondem os anjos das estrelas
das noites de MIM- Alguém…

Maria Elisa Ribeiro
NOV/015

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