quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Poema meu (Obra Regª)











Poema:

POEMA

PENSAMENTOS-EM-DESCONTÍNUO

a melodia contínua do SER-A-EXISTIR ecoa no Longe_______
_________nas dobras do Vento-no-Tempo__________

Som solto som quente som brando- dobrando-
-a- sombrear a alegria dos risos parados e ocultos

quem poluiu quem rasgou o silêncio do canto interior
das janelas que deixam entrar a maresia da flor que
se recolhe lenta no vento que cobre o coração da casa

pedras incautas projectam-se no muro branco do verde
algodoado musgos flores que descobrem
as sombras do jardim lagos de orvalhos pisam
terra escura raízes de rosas e margaridas
contam a história do sol a abrir no Dentro de Mim

inocência-em-cólera contra as traves do Tempo
lento entardecer dos olhos das mãos que tocam
ousadas orlas dos mares nos corpos de areias naufragadas

algas desfeitas recolhem coral escamas de sereias
estendem as mãos para a madrepérola floral

cálice-conchego na mão____o olhar desenha o tom da carícia
dos mitos de cristal que entreabrem o corpo líquido onde circula
o desejo dos grãos de sal___________a escorrerem sons da
brutal vaga_____________do ímpeto solar

letras da terra saltam de raíz em raíz húmus perene
fermenta o corpo_____impele os caules__________a árvore salta do solo……….
as florestas descobrem a verdade das manhãs de POESIA!
______________________ EIA! EIA! EIA!___________________

Maria Elisa Ribeiro- Portugal
FEV/016

Sem comentários:

Enviar um comentário