segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

POEMA : AVELIRA


POEMA: AVELIRA


AVE-LIRA


Há colinas onde corre
o sangue-da-minha-maresia-de –SER…
-eu, madeiro lavrado no meio de espumas

atarefadas-em-crescer para zarpar,

que falam das aves-lira que cantam

nos recantos da origem-natural-de-mim.


Airosos aromas de resina sobem aos céus
----------------------------------------------------em ondas de odores misturados
---------------------------------------------------na génese telúrica das flores.




Inalo a vida a crescer nas veias que herdei ao aparecer
para estar no meio de lírios silvestres e
arbustos agrestes, em terras de entontecer…




Desenho-te no pensamento, nas ilhas-dos-amores onde passeia a Aurora,

ao alvorecer,-----------------------------na estrela da manhã
---------------------------------------------que o mistério delineia.





Há acácias de rama forte e colorida
a apontar ao Norte das cruzadas-de-vida.


E tu És És ave –do-paraíso do paraíso a pairar
entre as estrelas luminosas do ofegante firmamento-------------------------------------------------------
firmamento-noite, onde o farol dos casos perdidos lança raios de luz
que se confundem com teu olhar, preso às rosas da rubra manhã…
…uma qualquer manhã-a -acontecer, nos braços onde pernoitam
as veias de te apertar…


De meu barco…sei que está pronto a ancorar
no cais do teu aportar…



Uma ave –lira do Sonho canta, gemendo nas minhas metáforas,
encostada aos sentidos das marés-a-Acontecer…



Marilisa Ribeiro- DEZ/012-CP15- (MQC)
 

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