ALFABETO DE ILUSÕES
Quando o sol se cansa de brilhar
é hora de a noite acordar.
…e acorda, anoitecendo…
…e meus sonhos cavalgam pelos mistérios do escurecer,
nos raios do luar.
-------------------------------------As brisas não têm força
para fechar a porta onírica
-------------------------------------onde as flores se
transformam em delícias-do-absurdo…
-----------------------------------…onde as neblinas se
afastam dos montes
------------------------------------com passos de veludo, e
se encerram nas águas do mar
-----------------------------------que se esforça por
descansar,
-----------------------------------quando as sereias assomam
à crista das ondas plácidas
------------------------------------para sorver o devanear.
Invento, nesse momento, um alfabeto de ilusões
que disperso nas nuvens-a-voar ao encontro do próximo
sol, a nascer!
Navegante no sonho de me encontrar
Crio versos-universos caravelas de
letras a vogar
nas ondas do
pensamento-mar!
Meu sono gela
ao passar pela infância-------------------o Outrora do meu
Agora!
Mas as palavras, complacentes, devolvem-me ao ar dos campos
e ao restolhar da vida da floresta,
onde o sol se apresta a clarear.
Acordo na minha cama-alfabeto com o doce cheiro
do verde brilhante das sílabas dos campos,
onde rubras papoilas se agarram ao trigo loiro
no aroma de frutos maduros, macios como uma infância
escondida em mística redoma…
E no ar soa uma
onírica lira…
Oiço-a num lençol de espuma lexical
onde grito ao vento a minha ira
feita de mágoa,
num verso de dor-amor-vida!
Marilisa Ribeiro-Nov/012-CP 15(VDS)
Manuel Marques: beijinhos e tudo do melhor para o próximo ano, para ti e tua família!
ResponderEliminarUm magnífico poema, onde as palavras revelam o imenso talento que tens para a poesia.
ResponderEliminarEspero que o teu Natal tenha sido bom.
E desejo que o 2013 seja excelente para ti.
Beijinhos.
NILSON BARCELLI:obrigada, Nilson!Beijinhos para ti e que tenhas, também, um feliz Ano!
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