quarta-feira, 30 de maio de 2012

POEMA:EROS


EROS


Quando o sol acorda, durmo ainda no calor repousante
de teu corpo.
Uma lassidão forte como droga embriaga-me os sentidos,
cansados, desinibidos.
No meio do oceano, acordam as sereias, no dorso dos golfinhos
que respiram a luz do sol e cantam hinos marinhos.

Vivo das tuas mãos, no som da voz que percorreu minhas avenidas
de cheiro a jasmim e a rosas do jardim do paraíso.
Meus caminhos de mulher são o lençol de linho bordado
a rosas abertas, onde teu corpo conspirou uma sinfonia de amor…

A noite adormeceu nos nevoeiros do bosque
sob os braços do luar.
O silêncio mágico é agora cortado pelo canto dos pássaros,
que bicam os frutos do pomar amadurecido.

E a vela , tocada pelo vento, sabe ser este o momento
de largar pelo mar fora
cortando a água azul ,que vai até ao firmamento.

Quando a noite acordar, percorrerei teus caminhos
como sereia, no dorso dos golfinhos …

O mundo, à volta, não importa!



Marilisa Ribeiro-Maio/012

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