quinta-feira, 31 de maio de 2012

ARQUEOLOGIA


A ARQUEOLOGIA COMO FONTE DO CONHECIMENTO DO HOMEM-EM-EVOLUÇÃO


“A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) denunciou nesta quinta-feira que as tropas americanas e forças de segurança privadas contratadas pelos Estados Unidos para atuar na Guerra do Iraque causaram graves danos a sítio arqueológico da Babilônia.”
Folha de São Paulo, 09/07/2009” (apoio wikipedia)


Trago-vos, hoje, amigos leitores, um tema diferente para amenizar um pouco a nossa informação e porque há muitas verdades, para além das mentiras em que vamos vivendo.

Ao ler a notícia, em subtítulo, estamos a reportar-nos a tristes acontecimentos da época em que os americanos invadiram o IRAQUE. É sabido que estes homens, que não mostraram sensibilidade para com as obras de arte que foram encontradas, ao longo dos milénios, sacramentalmente guardadas no sítio arqueológico da BABILÓNIA, no, então, ilustre, museu de BAGDAD, não primavam pela Cultura e, por conseguinte, não perceberam que estavam a profanar provas da cultura clássica da existência do mundo, em que nós, europeus, nascemos. Tenhamos presente que, pelos mesmos motivos (falta de cultura), foram destruídas as culturas índias do território americano, para se fazer a colonização do mesmo, com a ajuda de gente que os estados europeus não queriam no seu espaço territorial.

Isso passou, os factos históricos o atestam, e aí temos a grande potência americana, onde muitos portugueses encontraram e ainda encontram o que a Pátria lhes não pode dar.

Seguindo: admiro os homens e mulheres que, com paixão, passam a “vida de cócoras” para exultarem com um simples “caco”, um bocado de pedra ou qualquer simples objecto de cerâmica, que, mudos, falam a língua dos nossos antepassados.

O homem evoluiu, em todos os sentidos, ao longo dos milénios. Infelizmente, evoluiu também no mal, tendo-se tornado o pior dos predadores, falso, hipócrita e farisaico. Mas nós não somos perfeitos e até os nossos piores defeitos são fruto da evolução.

A Arqueologia é um fascínio. Os meios de comunicação têm feito eco de imensas notícias sobre o passado milenar do Homem, que não podemos deixar de referir como passos importantes a atestar a nossa história; mostram, ao mesmo tempo, a nossa característica de seres únicos da Criação, dotados de inteligência, capacidade de manipular objectos, de comunicar por meio de um aparelho fonador e de usar as mãos para transmitir história. É aos arqueólogos que devemos todos os conhecimentos de que hoje desfrutamos, no que concerne às descobertas sobre as nossas culturas e os berços originais da nossa formação.

Pensemos no nosso país, particularmente; se nos lembrarmos de tudo o que se tem descoberto, facilmente concluímos, com orgulho, de que, de Norte a Sul e de Este a Oeste, somos um verdadeiro museu da história dos povos que ainda vivem na nossa genética. O Centro é um retrato vivo das civilizações que aqui viveram, nomeadamente, os romanos, os árabes, os judeus, os celtas, etc. Pena é que o nosso país não disponha de facilidades financeiras para se descobrir tudo e pôr à nossa apreciação verdades como as das gravuras do Côa e do vale do Ave. A perfeição dos traços artísticos de gente que por ali passou, há mais de 20 mil anos, é comprovada por especialistas mundiais de renome.

Ultimamente, de há dois meses, mais ou menos, a esta parte, imensas notícias têm engrandecido os nossos conhecimentos, no aspecto arqueológico. Foram encontradas provas de um calendário da civilização maia, destruída, como se sabe, pelos espanhóis na época da conquista do ouro. O “santuário” estava coberto de terra e vegetação densíssima na região de XULTÚN, na GUATEMALA (notícia do jornal “PÚBLICO” de 11 de Maio/012, da autoria de NICOLAU FERREIRA); foi encontrada uma sala em cujas paredes, hieróglifos milimétricos, decifrados pelo cientista WILLIAM SATURNO, da Universidade de BOSTON, mostram um calendário com a contagem dos dias que confirmam “Os antigos maias previam que o mundo ia continuar e que, daqui a 7000 anos as coisas iriam ser como agora”(do mesmo artigo de 11/05/012).

Um outro artigo, mas do dia 8/05/012, da autoria de ANA GERSCHENFELD, fala das pinturas rupestres da gruta CHAUVET, no sul de França que são, a par das de ALTAMIRA, em ESPANHA as mais antigas do mundo. Ao ver a perfeição das cenas retratadas por esses homens primitivos, não podemos deixar de nos emocionarmos com o dote da inteligência com que a espécie humana foi criada! Apesar de primitivos, foram deixando para a posteridade o testemunho das suas vivências, do que comiam, de como viviam, do espírito de agregado familiar, da descoberta do fogo e de como tudo modificou as civilizações, a partir daí. O território australiano, nas regiões habitadas pelos aborígenes, é outro “santuário” de testemunhos antigos. Na ÁSIA, nas grutas onde alguns povos vão recolher a “baba” das andorinhas para vender aos ricos, há provas da passagem dos homens antigos, como as que encontramos na Europa e na América. E que dizer do VALE DO NILO, no EGIPTO? E da escrita hieroglífica decifrada da “PEDRA DE ROSETA”, por Jean François Champollion?

Haveria tanto, ainda, para dizer…Mas, como sempre, sou forçada a parar, porque sou “perigosa” com uma caneta na mão…
Até sempre, amigos.



Mealhada, 2012-05-30
Maria Elisa Ribeiro
Maria.elisa.ribeiro.@iol.pt
http://lusibero.blogspot.com

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