terça-feira, 3 de setembro de 2024

POEMA

 POEMA

MINHAS HORAS-GOTA-A-GOTA
*Sinto no corpo o tempo a fluir em imagens e pensamentos,
que me vão ocupando lugares absolutamente provisórios.
E quem nunca sentiu o corpo a mover-se ao sabor da sua história?
É que a história não é muda, por mais que a queiram calada,
cansada, alquebrada...
Por mais que alguém a falseie,
a história humana recusa-se a ficar calada!
*Há quem diga que somos feitos de átomos... Mas um passarinho
que me pousou nas mãos, disse-me que todos somos feitos de histórias...
A água do rio flui a correr na glória de não voltar atrás,
porque é para a frente que a sua vida se faz.
*AH, mas a água do mar é diferente...Está ali, no PASSADO DO PRESENTE,
Sempre-no-FUTURO, indiferente ,prepotente, teimosa.
Minhas horas, escritas gota-a-gota-------(que agonia!)-------são espuma, sopro,
fumo e vento, sangue e melodia.
*Para mais, sabemos que temos no corpo o tempo a fluir
em imagens e pensamentos que, languidamente,
descansam na Mensagem.
Venho de outras distâncias e de as habitar para lembrar o labirinto-dor,
medida da história do Homem que ainda assombra quando,
no espelho antigo e turvo outro ser me ultrapassa, novo e risonho.
*Quantos duelos travámos nos monólogos que perdemos,
no Hora-a-Hora do livro em que morremos-vivendo!
Meu corpo desmesurou-se para te receber...
Por isso, estou sempre aqui...sempre por nascer...à espera de te ver!
©Maria Elisa Ribeiro
NOV/2016
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