terça-feira, 23 de novembro de 2021

POEMA meu

 






ESGOTO-ME A  REMEMORAR

 

 

 

 

Sonho...rememoro...escrevo sangue!

Não quero, SENHOR, morrer  a sonhar!

Esgoto as memórias a escrever

E encho os dedos de chagas

Permitindo às mãos que gritem

O sangue que nelas corre.

Perco-me nas ilusões que as recordações me permitem

E digo à Morte que- me -não- interrompa- o SER.

 

Tudo fiz do que a Vida delineou desde a Hora em que vi a Luz!

A Vida tudo me pediu e só não fiz o que me -gritei...

Voltarei a gritar que ainda tenho que fazer

E que ainda é cedo para VIAJAR!

Não tenho passaporte  nem comprei bilhete para a viagem.

 

Ó Morte! Sai dos atalhos que piso, deixa-me os caminhos livres

E dar-te-ei a glória de tudo-o-que-me-falta-fazer!

 

Vai-te!Leva as armas, os charcos, as ruínas, os Inocentes que pisas!

 

Eu correrei ainda para apanhar o que é belo...as flores...os frutos e as sementes

Da PAZ...

Quando já não puder, descansarei...

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

Todos os direitos reservados.

OUT/2021

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