quinta-feira, 20 de maio de 2021

POEMA

 


POEMA:

 

BREVES

 

Uma nesga de rio chama-me ao cair o dia-a-chamar-pela-noite.

As melancólicas águas tornam-se sombreadas, cobertas por neblinas espessas.

Meus olhos , cor de mar do destino, abandonam-se na neblina a deslizar pela húmida pele do rio, que corre para o mar do destino ,a lutar por gotas de maresia

que temperem a secura da eternidade.

Fora de mim, um sol quente abrasa as noites de tempestade onde-me-sou, sempre a aspirar veios de liberdade.

Dentro de mim, nadam palavras desfeitas em sílabas-gotas-de-água, onde o silêncio da noite é uma constante mágoa.

Queria dormir tanto,

que pudesse voltar a nascer…

 

 

Maria Elisa Ribeiro

Abril/014

 

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