quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

POEMA REGISTADO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

É OUTONO
Sente-se que vem chegando o crepúsculo da terra.
O sol, lentamente, vai dando notícias da diminuição dos seus raios de luz e calor.
A Natureza esforçou-se tanto desde o último Outono
que é, novamente, hora, de entrar em repouso e de rejuvenescer para
acolher a vida que nos oferece o pão das searas de grão, os frutos e os vinhos sãos.
Ao longe, um sopro de vento faz decrescer os últimos raios de sol
e anuncia que as nuvens e os dias mais frescos vão voltar.
Tudo amarelece e as folhas das fartas e ramalhudas árvores
caem , impiedosamente, pelo chão, pelos atalhos, pelas matas
onde, por norma das estações, costumamos passear.
O sol deixa-nos muito mais cedo, convida-nos ao recolhimento
e sentimos que a falta de luz e calor arrefece nas veias cheias de amor.
Dias mais curtos e mais escuros em que o tempo mais frio tudo desnuda…
…mesmo aquilo a que o verão deu vida a cantar e a queimar. Mais assíduo e pertinaz
é o vento que nos deixa a face lívida e o corpo a gelar.
Até nossas palavras recolhem e se acalmam
esperando por momentos melhores
para surgirem rompantes por entre os dedos do poeta
Como elas, sentimos que mudamos.
O relógio do corredor é sempre o mesmo que vamos, de soslaio, olhando.
O tempo é sempre igual…não para nem sofre alterações…
É o poeta que as sente…sua pele vai ficando mais seca e rugosa…
…sua face menos jovem tal como as mãos com que escreve.
O TEMPO, esse, voltará a ser o que foi e é, sem se incomodar com as Estações!
Maria Elisa Ribeiro
OUT/019

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