ESQUECERÁS
sim, sei que me esquecerás…
como o vento esquecerá a tempestade,
esquecerás o meu nome e o nome dos meus olhos…
como o vento esquecerá a tempestade,
esquecerás o meu nome e o nome dos meus olhos…
Como se esquecesses a parte fria das ondas dos oceanos!
podes até lembrar-te de que me conheceste um dia,
(no caminho da viela empedrada
que seguia para a colina quando
meus pés, magoados ,seguiam o caminho das árvores sós…)
(no caminho da viela empedrada
que seguia para a colina quando
meus pés, magoados ,seguiam o caminho das árvores sós…)
Fugirão solidões das raízes das plantas
e os luares esquecerão que se costumam estender
pelas ruelas abandonadas…
como esquecemos os dedos que embrulhámos nas nossas mãos
sob os raios claros da noite!
e os luares esquecerão que se costumam estender
pelas ruelas abandonadas…
como esquecemos os dedos que embrulhámos nas nossas mãos
sob os raios claros da noite!
Um dia deixarás de me ver
e esqueceremos as palavras soletradas
no desvario das horas mágicas,
dos beijos
que fomos dando
à hora da despedida triste e branda…
e esqueceremos as palavras soletradas
no desvario das horas mágicas,
dos beijos
que fomos dando
à hora da despedida triste e branda…
FEV/020
Maria Elisa Ribeiro
Maria Elisa Ribeiro
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