sábado, 1 de fevereiro de 2020

LEONOR INSEGURA
*o coração vive em ti
meu Outro-Sempre que não vivi
*árvore ave vento
água e luz
escrevo o canto
veia artéria
do fruto da semente
do ventre que me Nasceu
*obscuro silêncio
das palavras com que falo Mãe
*o tempo ofendeu nossa Beleza
*tua nona sinfonia
não a ouvi
com clareza
*não soube mostrar-te
o Mundo-em- Mim
e vou para a fonte
da insegurança-de-Tudo
o que não me cabe nas mãos
*derredores
dos arredores
de ti
fonte-vida-seca-rica
(divina fragilidade)
*leonor fermosa
não segura
das pensativas flores
na cromática melancolia
do acaso-no-ocaso
*permanente-migração-peregrinação
eu, leonor insegura,
desposo Mãe-Poesia
…ordem na desordem
de uma humana disforia
Maria Elisa Ribeiro
Jan/014-foto Net

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