"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Poema meu (OBRA REGª)
POEMA
CARPE DIEM
Não colhas as flores que amas,
porque as verás morrerem-te
nos braços…
Deixa que permaneçam nas hastes,
onde serão hálito de vida
a perfumar-te os passos entorpecidos…
Com magnólias nos olhos
olha comigo o mundo do jardim
onde dormem aromáticas tílias,
sob as quais amamos o anoitecer
por vontade dos deuses recolhidos.
Não colhas flores, maduras e abertas
como teu corpo, em festas primaveris…
O Verão agradecerá e entrará
contigo numa Outra-aura-de-luz.
O Tempo calar-se-á…as rosas dormirão um sono sossegado…
…os repuxos chamarão a sede dos pássaros…as estrelas iluminarão
as relvas…tu estarás consciente da beleza da Terra…
Maria Elisa Ribeiro
OUT/2015
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