domingo, 24 de julho de 2016

Ler mais em www.jn.pt------O que os da UE não querem ,é enfrentar governos de Esquerda...



“ (…) Porque é hoje cada vez mais claro que o problema de Bruxelas não está no desequilíbrio das nossas finanças (maior em França, Itália, Grécia e Espanha), mas antes no desconforto político com uma solução de governo que não lhes presta vassalagem. Isto, num tempo de inquietante desgoverno da própria União, a braços com a crise financeira, com a saída da Inglaterra, com a crise dos refugiados, com os afloramentos de terrorismo, e incapaz de políticas comuns - da fiscalidade ao emprego, da ordem externa à segurança interna e ao controlo das suas fronteiras (…) ”.
-Afonso Camões-


Subscrevo.

Um dos problemas com que o António Costa se debate reside, efectivamente, no facto de a UE não querer Governos de esquerda “rebeldes” que lhes batam o pé, e não embarquem na treta da austeridade e da agiotagem.

É suposto e sabido, que a UE não vai deixar de fazer chantagem, de ameaçar, de dizer e desdizer.

Qualquer Governo que combata políticas de austeridade, dificilmente sobreviverá.

No caso concreto de Portugal temos, ainda, um ex-Primeiro (o tal ex-bom aluno) que sabe estar em contagem regressiva no partido, e que só uma eventual queda do Governo (provocada pelos amigos de Bruxelas) o manterá.

As divisões e o faccionamento são já visíveis a olho nú algumas, a meu ver, com carácter de irreversibilidade.

Mas o António Costa tem ainda um problema por resolver no partido, não obstante o facto de ser exímio no “jogo de cintura”.

Há feridas insanáveis no partido, mais do que nunca se nota uma “certa nostalgia” do regresso ao passado recente de uns quantos, que se julgavam donos e senhores do partido, “barões” que perderam privilégios e protagonismo e querem recuperá-los, e que na sombra aguardam o momento oportuno para se atirar sobre a “presa”.

António Costa tem sido hábil, tem baralhado e dado cartas, mas “acolitou” alguns, que estranhamente fazem parte de Comissões Políticas e Federações, que na altura certa se unirão àqueles que sempre apoiaram, de cujo grupo ou facção fazem parte.

Estes são, a meu ver, “os tais” díscípulos de Deus e do Diabo.





O Diabo e seus discípulos
Habituados há 40 anos a partilharem entre si as centenas de altos cargos do aparelho de Estado, aos dois principais partidos do nosso regime deu-lhes para afiarem a língua e carregarem no verbo, em vésperas de irem a banhos. São jogos florais de verão, cujo último arrufo foi a eleição falhada de Cor...
JN.PT|DE AFONSO CAMÕES*

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