domingo, 22 de abril de 2018

Poema meu: OBRA REG^^^^^^^!










POEMA

POEMA: POMARES-ALTARES

Há tardes que dormem nos fenos das searas, que lavam 
os sonhos nos ribeiros dos trigais-------------------nos ribeiros dos trigais.

Perdidos pelo meio dos poros das papoilas rubras,
lamentam-se os laranjais-------------------sempre ruivos,
quase maduros-----------------------------------sempre sazonais.

Aromas de pomares-palmares perdem-se em estranhos altares
de brisas distantes
que se acercam sempre mais-------------------------sempre mais,
das ondas de trigo loiro que balançam nos campais----------------------------.

Vagueia , o mar, ao longe---------------------mar de águas prateadas,
azuis, afundadas em espuma--------------------afundadas em espuma-------------

Pelos dedos, donde escorre a ideia que explode no pensamento,
conto os barcos que não vejo………………………………………………………………

que deslizam para o verão dum intento oriental

que se perdeu,
nas pedras de um areal----------------------------------------------------

Guardo UM tempo nas palavras
que o vento traz de feição-----------------------------------traz de feição-----------------

Nele tenho a memória do silêncio
e o perfume dos desejos com que te enchia a mão-----------mão de papoila-----------
do trigo da seara - trigal,
onde fizemos amor num poema--campo-lexical------------------------

Maria Elisa Ribeiro
FEV/012

Sem comentários:

Enviar um comentário