sábado, 10 de março de 2018

POEMA: Obra REGªªªªªªªªªªªª!!!!!!!!!!!!!!!!!!











POEMA: VAZIO
VAZIO…




Ao pôr-do-sol de verão, as noites são avermelhadas…



Sento-me, então, sobre um penedo marinho…

…daqueles que olham, de frente, o mar, com a coragem

da consciência medular.

Alongo a vista pelo oceano vazio e tranquilo

à procura do horizonte

diluído na atmosfera do elemento-mistério!



Lentamente, como sombra hirta e solene, vai surgindo a noite

Deixando para trás o sol adormecido, no seu percurso astral.

Leves nuvens de fogo-algodão-condensado

sobrevoam meu- céu- farrapo…



Das brumas da minha memória, vejo que estamos sós…

… a solidão, o silêncio e eu.

Aproximou-se, ainda, uma sensação de vazio pessoal

a dominar o meu mundo místico-emocional.



Como posso meditar, nesta contemplação do mundo imortal?

Posso, ao menos, não pensar?

E que pode ensinar-me este cheiro da génese do mundo, o mar,

alegremente estendido num colchão do areal?



Meus ombros vivem a falta de teus braços,

que comungavam de meus sucessos e fracassos…

Falta-me o olhar penetrante, com que vias o que eu não podia ver.

Eras o complemento da vida, ao começar o acabar do dia!



Ali, atrás de nós, a areia sentiu-nos…viu-nos…e calou-se!



Não se revolta, portanto, com a tua falta…

Depois de nós, perdeu a alma…

…esqueceu a sensação do nosso corpo deitado,

em erupção de sensações adormecidas…



---------------------OH Vida! Vazio do meu dia!--------------------



Maria Elisa Ribeiro- Portugal

Sem comentários:

Enviar um comentário