sexta-feira, 7 de julho de 2017

POEMA( Obra Regª)











Poema:

QUANDO A PROSA ME INVADE A POESIA

(Meus olhos sorriem)


Meus olhos sorriem a todas as manhãs! Às manhãs claras, sem nuvens, brilhantes de sol, que nos abraçam como raios de cristal! Às manhãs mais escuras, mais nebulosas, menos risonhas…lindas na mesma, como linda é a vida que nos deixa sorrir. Meus olhos sorriem a todas as belas flores, quer dos jardins tratados com a mais bela ternura, quer as das silvas agrestes dos montes e baldios, esconderijo de insectos, perto dos regadios.

As abelhas, as borboletas e outros milhentos insectos
sorriem perante as novas corolas, quase escondidas nos fetos.
Verdes montanhas cercam o vale e deixam correr água de afectos.

Voam pombas, pelos ares claros e brilhantes!
Rodopiam, radiantes, enquanto aves-outras ensaiam bailados
e trinados raros, no veludo da vinha, no cristal dos bagos.

Cantam as cigarras a alegrarem o trabalho das formigas arredias. O cheiro das resinas e outras seivas estranhas estendem-se pelos campos, nas chuvas que vão batendo nas folhas e nos telhados, pingo a pingo, gota a gota, fio a fio…Meus olhos sorriem…E sorriem os frutos amadurecidos…limões…peras…morangos…framboesas…E, sorrindo, com os olhos felizes e brilhantes, minhas mãos viram-se para os céus, como asas de fogo que acariciam de paixão o aroma rubro das flores vermelhas,
___abertas,
______risonhas,
__________que se sentem
_____________no meu poema matinal,
___________________já desperto.

Maria Elisa Ribeiro
JULHO/017

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