sexta-feira, 28 de julho de 2017

Poema REGº














Poema:
PELE…
Na tua pele
_____a transpirar amor
________deixei gotas de água
___________a suspirar rios ao relento,
_______________poros a murmurar,
___________________e cortinas fechadas
_______________________na Hora-do-nosso-Momento.
Sei
quando irás voltar do escuro crepuscular,
sempre que minha pele reage
a um vento sibilante, e acorda o corpo que me habita.


Os anjos costumavam esconder as estrelas…
Era da sua luz que se alimentava a nossa vida,
tal flor tresloucada à procura de um-orvalho-sustento.
Recordo o perfil afadigado das minhas pálpebras
a procurarem ler teu corpo suado…água sagrada…

Na boca,
_________________ ficaram escondidos os beijos trocados,
__________________que eriçavam os poros
__________________ dos nossos sentidos…

Corri as cortinas.
E os livros em que te escrevo começam, devagar,
a divagar a peregrinação das nossas mãos
de quando a lua tremeu de rubor.
Arrumei os lençóis de linho com o teu sabor,
nos poemas que escrevo, à luz de um candeeiro íntimo
que ouviu suspiros de amor.
De linho e cambraia, de seda e jasmim
é o cheiro de ti-que- deixaste-em-mim…

O sol queima o dia das aves, que chilreiam…
_________As searas amadurecem nos cantos de Florbela…
____________Eu chamo-te, muda, daquela janela que deu para
_______________o Outono da Primavera- em- que- fomos Verão.

Oh, Deus…há tantos anos dentro das Horas dos dias de Solidão…

Maria Elisa Ribeiro-Portugal

AGOSTO/014

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