POEIRAS
Há poeiras
nos raios de luz cansada, opaca
Que saltam
das janelas para as ruas da calçada
Convidando-nos
a crer nas verdades da vida.
Não estão
sozinhas as poeiras cansadas...
No percurso
em que enfeitam a poesia, as palavras sorriem
E quase sem
o esperar,
lá longe
tocam os sinos das catedrais
Aquelas fantásticas
sinfonias, que fazem nascer os poemas
Que a alma,
em silêncio, reserva, até “àquele momento”.
Os insectos
vorazes alimentam sem querer os passaritos audazes.
O amor
alimenta o amor e a luz alimenta outra luz...
Não há caos
que nos amedronte quando,
Num atento
canto as poeiras perdem a força e se levanta
A voz
sublime do Pensamento-em-Liberdade.
Isso é Poesia, é verdade poética num cristallino
cais de Luz
Num Universo
luminoso,
que se abre à vida ampla
Do meu
caderno de Poesia!
Maria Elisa
Ribeiro-Portugal
©Jan/2024
Sem comentários:
Enviar um comentário