POEMA
NUDEZ
Ó Terra nua!
Nua, sem calor nem luz
nos limites das distâncias!
Ó colo nu de um terno abraço
ilimitado, sem grutas secretas,
proibidas às nossas ânsias ilimitadas!
Nua, sem calor nem luz
nos limites das distâncias!
Ó colo nu de um terno abraço
ilimitado, sem grutas secretas,
proibidas às nossas ânsias ilimitadas!
Nua…
Nua, sem máscaras de tojo...
Plana, com colinetas frias
nas douradas montanhas, deitadas
sob a Lua, que se te mostra, com arrojo.
Nua, sem máscaras de tojo...
Plana, com colinetas frias
nas douradas montanhas, deitadas
sob a Lua, que se te mostra, com arrojo.
Passa o vento do tormento
pelas folhas do meu respirar,
enquanto asas a cheirar a restolho
húmidas de orvalho,
são leito frio de duendes e aves,
que galgam de galho em galho.
pelas folhas do meu respirar,
enquanto asas a cheirar a restolho
húmidas de orvalho,
são leito frio de duendes e aves,
que galgam de galho em galho.
Ó bosques de brancura, pintada de todas as cores!
Ó sombras e portas de telhados e telheiros!
Ó terra nua faminta de sementes…de flores…de amor…
Ó tantas janelas,
abertas como laranjas da manhã, descascadas pelo sol
da minha mão-árvore, sã !
Ó sombras e portas de telhados e telheiros!
Ó terra nua faminta de sementes…de flores…de amor…
Ó tantas janelas,
abertas como laranjas da manhã, descascadas pelo sol
da minha mão-árvore, sã !
Maria Elisa Ribeiro-Ilustração: quadro no google, de Dórdio Guimarães.
MRÇ/017
MRÇ/017
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