terça-feira, 19 de dezembro de 2017






































EU E TU, NO VENTO QUE RESTOLHA…

Restolha o vento nas flores adormecidas nas dunas,
e acende-se a luz dos teus olhos,
ao cair a noite,
para iluminar a porta do meu horizonte.

E amo-te…
…sob as árvores escuras...ou perto do moinho da velha fonte…
… nas listas que o sol traça, quando passa de monte a monte…
…ou ainda ao lado das conchas feridas, partidas pelo bico das gaivotas,
...que nadam em ondas-searas de espuma afoita,
que se desfaz na brancura das das areias leito-nupcial das águas do mar...

E amo-te…
no restolhar do vento a passar pela melodia do tempo.

Tento trazer-te até mim, quando respiro a noite-contigo,
ao chegar de uma distância infinita e impossível,
quase sombra-ausência,
quase verdade do inatingível…

Evadiram-se as sombras da tristeza do mundo
quando decidi
que o voo dos meus olhos te traga até mim,
através do restolho da memória,
essa- activa-imensidão-de-Uma-história,

onde tua boca não prendeu
a flor dos lábios,
com que digo AMO-TE…

Maria Elisa RibeiroPortugal
AG/014

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