sexta-feira, 31 de março de 2017

Do nosso Paulo Ilharco...






Poema de Paulo Ilharco, in Net

SILÊNCIO


De silêncio me grito e me dilato
Nas frases blateradas pelo Mundo
A ter de ser, serei, mas pouco exacto
Nas coisas que, ignorando, me aprofundo.


Fui rei enquanto fui vagabundo,
Sem ter de atraiçoar meu ar pacato.
Vivi a Eternidade num segundo,
Tendo sido a nudez meu próprio fato.

Das rosas não senti o seu perfume...
Das paixões, nem o gelo,nem o lume...
De mim, talvez a alma como emblema...

Por isso é que me grito de mudez
E a esse Ser Sublime que me fez
Eu entrego o Silêncio num poema!

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