ARGONAUTAS TROVADORES
Argonautas trovadores de ondas revoltas de ávidos adamastores,
foram as gentes do meu país, cantando gestas do fero mar ao som da lua ,no sol a queimar.
Na mente das rotas-a-percorrer soavam, de longe, os sinos das aldeias em compassadas melopeias.
E cheirava a trigo e laranjais floridos, a coragem dos pobres mortais!
Orlas das praias antes percorridas afundaram-se sob a força dos rumos desconhecidos.
Nas areias a cheirar a peixe e algas ficaram, soterradas as saudades de lenços brancos, cansadas de pranto.
O canto das aves, vaga imagem de miragens,foi-se estendendo por palmeirais de outras Horas……num Além, Talvez…
Colunas de odisseias cumpridas,os homens do meu país,
às ordens do mito
encontraram ondas de novos céus,enterraram deuses expeditos e enfrentaram o perigo de novas colheitas, desconhecidas..
.Respiraram futuro-num-passado-present
Beberam espumas do tal Oriente!
Foram Sendo-se, até sempre!
Os paraísos no inferno dos ópios deram canelas, pimentas, marfins
tal como deram infernos às almas ausentes
nos brancos lenços, molhados…impotentes.
Maria Elisa Ribeiro-Jan/013
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