terça-feira, 22 de maio de 2018

POEMA:obra Regªªªªªªªªª








Poema :

ÁGORA

voam folhas desnorteadas pela fúria dos ventos que varrem as avenidas.
movem-se sombras humanas encolhidas na angústia dos tormentos.
deslizam canoas, rio abaixo-rio acima, indiferentes às folhas das avenidas.
deslizam…a balouçar num lívido oásis de dor.
sinos de igrejas iluminadas tocam serenos acordes de tom prateado-roxo.

sobe a noite lentamente rasa às nuvens no frouxo crepúsculo 
[que as chuvas anunciam]

esgueira-se a vida pelas vielas como ar que viaja por entre florestas
[à procura das ondas do mar]

correm loucas, em meu corpo, as saudades paradas nos degraus do anoitecer.

esperam o rebentar das estrelas, em naves de esplendor.

perfumes de lírios bravos acordam-me, para amar um horizonte de trigo__________.

trigo loiro a ondular sob as brisas desse vento
______________________________que se esgueira pelas esquinas do tempo.

dilatam-se-me as pupilas-a-conviver-com-o-absoluto
cuja melodia sentida eu sei, mas não conheço.

sinestesias…confusão de sentidos-a-sentir policromias-cromáticas
[dos sonhos das alegrias 
…prelúdios da solidão nas margens do evasivo –que-sou…

Os dias? Deposito-os na pele da memória,
minha ÁGORA-da- POESIA...

Em fila alinhados,confundem-se com
sentinelas perfiladas em cárdicas confusões 
de um contexto-fantasia…

Maria Elisa Ribeiro
JAN/014-
 — 

Sem comentários:

Enviar um comentário