"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sábado, 31 de janeiro de 2015
Poema (meu)
A LUZ DE UM SORRISO
Diluem-se promessas da noite em que chegámos-a-Nós *foram vagas, como vagas são as estrelas, ao longe, dominadas pelo brilho da Lua Nova *que cruel é este cintilar, que me passa pelos dedos, a deslizar, esvaindo-se, como rio que ruma ao mar! *tenho fome da sede com que bebia o luar dos teus lábios, sem me importar com o brilho da lua, nem dos passos alheios, na rua…
*escrevo-Me para me saciar de ti, sem-Te-sofrer*
Minhas mãos, cheias de letras a compor palavras raras, padecem da falta das tuas a afagar brisas que poisavam, atentas, nos meus cabelos * a noite é de vento, esse bocejo ruidoso do Tempo em que nos encontrámos, no indeciso caminho a percorrer no desejo…
*é tão difícil pensar-Te, sem recordar que fui estrela-a-iluminar*
Folheio velhos cadernos de memórias amarelecidas, onde confesso que Morri-Vivendo no lume brando do teu olhar *sinto que o Sonho dança na minh’alma-a-procurar-a-tua
*como pássaro esquivo de asa ferida, fixo o azul do mar onde continuo à deriva, a navegar numa bolha de espuma onde talvez te possas alojar *mas, sem luz, a noite é um crepúsculo obscuro, onde o mundo se esquece de me orientar…
*por onde ficaste? Por que não procuras a alma que perdeste?*
*…recordo…dizias sempre, na solidez dos quinze anos, que não sabias decifrar
a luz de um sorriso de amor…*
Maria Elisa Ribeiro
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário