"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
CASO "SÓCRATES"
MP investiga relações de Sócrates com construtora brasileira ligada a Lula da Silva
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Lula veio a Portugal a convite de construtora que integrou consórcios que venceram concursos do TGV e PPP's lançados por Sócrates
A teia de ligações de José Sócrates sob investigação na Operação Marquês está longe de esgotar-se na Octapharma, no grupo Lena e em Carlos Santos Silva. Passa por Nova Iorque, pela Argélia, por Angola, pela Venezuela e pelo Brasil.
O procurador Rosário Teixeira e a equipa da Autoridade Tributária que lideram esta operação estão a investigar as relações do ex-primeiro-ministro com uma construtora brasileira – a Odebrecht – ligada a Luiz Inácio Lula da Silva, averiguou o i. A empresa foi quem convidou o antigo presidente do Brasil a vir a Portugal em Outubro de 2013, para a comemoração dos 25 anos de presença em Portugal. O momento coincidiu com a apresentação do livro de Sócrates sobre tortura em democracia, a 23 de Outubro de 2013. Mas as ligações suspeitas não terminam aí. Os brasileiros da Odebrecht são os donos da Bento Pedroso Construções, que integrou uma série de consórcios que venceram obras públicas durante os anos em que José Sócrates foi primeiro-ministro.
A Bento Pedroso Construções – comprada há 26 anos pela Odebrecht mas que só em 2013 passou a chamar-se Odebrecht Portugal – integrava, por exemplo, o Consórcio Elos, que venceu o concurso para a construção do TGV entre Poceirão e Caia. Deste consórcio, liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, também fazia parte o grupo Lena, de que Carlos Santos Silva – o amigo suspeito de ser o testa-de-ferro de Sócrates – foi administrador. O projecto acabaria por ser enterrado por Pedro Passos Coelho. Agora, o consórcio que ganhou a adjudicação para a construção e exploração do troço reclama em tribunal um pedido de indemnização ao Estado no valor de 169 milhões de euros, montante que reclama ter despendido com a construção e expropriações.
Aquela construtora integrou ainda o consórcio liderado pela Brisa que venceu a concessão do Baixo Tejo, uma das oito Parcerias público-privadas rodoviárias lançadas por José Sócrates. O grupo Lena também fazia parte do agrupamento. A concessão do Baixo Tejo, situada na zona metropolitana de Lisboa foi outorgada por um período de 30 anos, depois de ser avaliada em 110 milhões de euros – uma das mais rentáveis por estar perto de Lisboa.
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