domingo, 31 de janeiro de 2010

CENTENÁRIO DA IMPLANTAÇÂO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

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Foi em 5 de Outubro de 1910.

Começou a acontecer séculos antes, no entanto;logo desde o primeiro dia de Monarquia deste país e foi perdurando por vários séculos...
Não é minha intenção fazer um artigo profundo e/ou rigoroso em termos de historial da época régia.Isso compete a quem de direito, os historiadores e cronistas dos tempos idos.Pretendo ,tão somente, recordar com a experiência e os conhecimentos adquiridos, o implantar da República no nosso país, com a consciência de que fomos a terceira república a ser estabelecida ,na Europa.

A Revolução francesa e a industrialização crescente da Europa, com o contributo da descoberta da máquina a vapor, na Inglaterra, foram, aos poucos, sendo incrementos às causas anti-monárquicas. O mundo modificava-se, a população crescia, as classes sociais iam-se mentalizando do papel que exerciam no mundo, as correntes filosóficas
davam cada vez mais responsabilidades aos inactivos e àqueles que se acabrunhavam, perante a burguesia exploradora da mão -de -obra barata.Era urgente um novo tipo de sociedade, onde os ricos aprendessem a distribuir as riquezas geradas pelos operários explorados!

Em Portugal, jovens estudantes universitários, revolucionários até à medula, agrupavam-se para discutirem inovações filosóficas, mudanças mais que estruturais na sociedade e transmitirem a sua força a todas as classes.Um desses grupos, a chamada "GERAÇÂO DE 70",(1870) "instalada" na velha UNIVERSIDADE DE COIMBRA, beneficiava da presença e das ideias de EÇA de QUEIRÓS, OLIVEIRA MARTINS, ANTERO de QUENTAL ,AUGUSTO SOROMENHO, TEÓFILO BRAGA entre outros, quase sem querer tocava em assuntos que caminhavam ,a passos largos, para a mudança de regime.

Se recordarmos essa época, recordaremos ,imediatamente, que a Conferência do Casino que ANTERO De QUENTAL proferiu, como contributo para a instalação do movimento Realista/Naturalista , em POrtugal, tinha um título deveras sugestivo: "CAUSAS DA DECADÊNCIA DOS POVOS PENINSULARES, NOS ÚLTIMOS TRÊS SÉCULOS."E ANTERO aponta essas causas, com arrojo: os descobrimentos, a monarquia e a igreja!A mensagem subliminar, conduz-nos, placidamente, às raízes do rumo que a sociedade portuguesa iria seguir, pelo resto do século XIX e ,depois, no século XX.

NO contexto político, o país estava em trauma com o "ULTIMATUM"inglês, que exigia que o pequeno e insignificante povo lhe entregasse as terras correspondentes ao "MAPA COR-de -ROSA, que eram um projecto nacional e que o rei entregou à velha aliada, de mão beijada, com medo de uma guerra.
Esta humilhação nacional traçou nas consciências os planos para o REGICÍDIO, perpetrados , segundo se diz, por revolucionários ligados à Maçonaria e outros conspiradores:foram assassinados o rei D. CARLOS e seu filho, o Príncipe herdeiro D. LUÍS FILIPE.
Por esta altura, ALFRED KEIL compunha aquilo que ,ainda hoje ,é o HINO NACIONAL... parecido, por acaso com "A MARSELHESA", do qual ressaltam versos como este:"...levantai hoje ,de novo, o esplendor de PORTUGAL..."
Não teve vida fácil a instauração do movimento republicano, em PORTUGAL. Guerras civis , ódios e mortes bem como perseguição ao clero, foram manchando a história.
É ainda cedo , pois 100 anos é pouco tempo para se chegar a conclusões... tudo o que hoje se começou a comemorar e que durará um ano, é apenas o conhecimento de uma gota de tempo.

Pelo caminho, em 28 de 1926, o general Gomes da Costa inaugura aquilo que se há-de tornar "a longa noite salazarista"...
Em 25 de ABRIL de 1974, foi a vez de o MFA(Movimento das Forças Armadas)avançar com a democratização do país... Promessas que o nosso povo vê deslizarem dos seus sonhos, vão começando a alertar-nos para o pior...
PORTUGAL ESTÁ , DE NOVO, ADIADO!

VIVA A REPÚBLICA!

sábado, 30 de janeiro de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

POEMA: "Cheira a branco..."(MÍST)


FOTOS GOOGLE



Cai neve!
Flocos de algodão branco caem do céu
em formas tão delicadas que adensam
o mistério do manto da terra…

A planície exulta!

Na paisagem de frio cortante,
correm dois cavalos negros
em alegre cavalgada.
Crinas soltas ao vento
lembram deuses alados, parando
de vez em quando…
O lham, excitados de emoção;
Param, farejam com estupefacção
a nova impossível pastagem.

Não há verdura…
A Natureza descansa do parto das sementes germinadas!

Mãe dorida, coberta de rosas brancas
em forma de flocos de neve,
espera o sol, em alegre melodia,
para espalhar harmonia!

Cheira a branco!
Enfrenta-se a ventania
com desusada euforia.
Encontro conforto dentro da alma,
que está, também ela, calma.

No silêncio do majestoso manto branco
meus olhos captam uma nova sensação:
pula meu coração, em sã competição
com os dois cavalos livres,
que a branca planície acolhe!

Sensação de Liberdade!
Verdade nesta Igualdade!

E a águia da longínqua montanha
paira sobre a planície
passeando o seu tamanho!

Voo quase metafísico, sabido de cor,
aguça-lhe a vista , ao pormenor.
De repente, amara na capa branca do solo…
E, distraído, um ratito cai-lhe no bico!

É assim a vida, Senhor?
Tudo …assim… tão banal?
Angústias, dúvidas,misticismos…

Prefiro a Natureza da Criação,
o áspero frio do chão, longe(embora!)
da alma, do coração…


C7G- (mist)- 40/30- Jan/10

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

POEMA: deus EM RUÍNAS...

fotos google



“… deus EM RUÍNAS…”



Eu, ser humano em ruínas,
“deus- homem” destroçado,
procuro a minha reconstrução…
Mas os deuses invejosos,
ciosos das suas perfeições fictícias,
não consentem que levante a minha habitação.

Os deuses falham, também…
Não são perfeitos… pois não!
E eu dedico-me a espreitar a vida interior,
à espera da revelação.

Pequenos , na grandeza que supõem ter,
esses deuses imperfeitos,
exilados do mundo das perfeições,
perderam a magia com que os via…

Seres banais, como os mortais,
condeno-os a progredir no caminho do Porvir,
fazendo o trabalho da reconstrução
do mundo antigo, perdido,
que procuro, em vão…

Recuso-me a ser a ruína de mim!

NÃO QUERO SER deus EM RUÍNAS!

Há meios para me elevar do fim de Mim!
O meu interior imaterial, espiritual,
levanta-se ,severo, contra deuses, com fim…

Noutras minas acharei,
o ouro puro de lei,
que é minh’alma a Sorrir!

Olharei as florestas,
o verde das suas ramas,
os ninhos das avezinhas
e acenderei a chama do meu SER-ESTAR…

Mãe – Natureza! Beleza plantada
dentro do meu sofrer,
ajuda-me a Viver!

Sou druida dos tempos idos
plantada no meu PRESENTE,
que com a força da mente
dará novas flores às gentes.

Vida da minha Vida no campo a germinar,
quando a Terra estrumada, adubada, fortalecida,
me fará parir alegria e beleza
no acto de estar à mesa…

Olhos no Céu
exijo ser Eu!
Ser deus que não morreu,
que não se pôs em ruínas.
que quer outra”HABITAÇÃO”…
onde more um Mundo novo,
que devo reconstruir…

Veleidades? Utopias?
É claro!
Isto é fruto de certos dias…




C7G- 30/99- VDS- JAN/010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

POEMA: vida,minha medida...(MOD)


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Deixo a noite escura das dúvidas,
Fiéis companheiras de indesejados segundos,
Amargurados minutos,
Aflitas horas do meu Estar…

Tempestades inesperadas desferem raios
De todas as cores, pelos céus iluminados…

Um azul-roxo diferente
Atormenta, como o solene despertar de uma aurora boreal.

Pensamento em fuga, que procuras
Vielas escuras para te esconderes
Da mão que quero dar-te,
Na noite da minha solidão!

É já dia!
O Sol clareou os devaneios do pesar
Com raios de brilho, a cintilar!

APOLO,
Deus da minha claridade afundada na Emoção,
Impele-me a ver,
Para além da humana escuridão.


E toco a harpa do meu interior
Com vontade de cantar o AMOR!
Dedilho cordas de pura magia
Nos lampejos do alvorecer
Da minha audaz harmonia…
Os acordes divinais do meu íntimo ,a sorrir,
São a força da Natureza, majestosa,
A abrir para a vida…
…MEDIDA DA MINHA MEDIDA…





C7G- (MOD)-28/28-DEZ/09

"SCORPIONS": "Mensagem importante..."

Foi com este título, na INTERNET, que esta mítica banda alemã anunciou que a mesma decidiu pôr fim ao seu percurso musical, depois de mais de 40 anos de música.

Sonhei, cantei, dancei, amei e chorei , ao longo dos anos, com a música deste grupo!
Muitos podem não apreciar, mas acho que não se permanece na "crista da onda" musical, durante tantos anos, sem ter conseguido transmitir uma mensagem...
Continuarei a ouvi-los, com todo o amor, porque adoro a sua música. Não podemos aceitar reconhecer a velhice... É o espírito que comanda... é o sonho que nos dá a mão para a continuidade. Confio que seja um repouso da banda, como tal, ao fim de tantos anos; o mundo revigora, rejuvenesce e é preciso adaptarmo-nos a tantas mudanças!
I'll GO ON "still loving you" in all these "WINDS OF CHANGE"!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: BASTA!



Acabo de ouvir no jornal da tarde da TVI: mais uma mulher assassinada pelo ex- companheiro, em frente dos pobres filhos!
Este assunto merece uma atenção particular, da minha parte, em tempo mais oportuno, pois estou para sair.

Não quero deixar, no entanto, de expressar já a minha veemente revolta contra a viol~encia doméstica e perguntar à justiça portuguesa ,quantas mulheres mais devem ser ,brutalmente massacradas por pseudo- machos-latinos, seres raivosos, impotentes morais, cancros da sociedade que é preciso banir!

Adensa-se o drama e é cada vez mais premente um MOVIMENTO DE CIDADANIA para se conseguir que os homensde comando, façam alguma coisa contra este miserável, cobarde, estado de coisas.

Dizem as notícias que o assassino deu um tiro no próprio pescoço. Espero que não sobreviva para não ir para a cadeia , se for!- comer à custa dos dinheiros dos contribuintes!

E pergunto, do alto da minha indignação: mulheres de PORTUGAL, de que estamos à espera , para prestar homenagem a todas estas vítimas, mostrando ao poder estabelecido, que sem as mulheres, sem o respeito que a condição feminina merece, nenhuma sociedade pode ser adulta?

Continuaremos a aceitar a ideia ,incutida em nós por padres e freiras, de que a mulher- é - propriedade-do- homem, seja ele quem for, como no tempo da escura IDADE dos tempos?à moda do que tratou CAMILO CASTELO BRANCO, EM "AMOR de PERDIÇÃO"?
A balança dos horrores já pesa demais! BASTA DE IMPOTÊNCIA e RESIGNAÇÃO COBARDE!

O que faz a APAV( apoio à vítima) para além de aceitar mulheres -o que é significativo!-contra este estado de coisas? Não há juristas ,neste país, que estejam ao lado das mulheres, na sua luta contra a obscuridade das mentes?

Quem pode ajudar a travar este "genocídio"? ACHAM DURA A PALAVRA?
Sim, é dura mas não sei se excessiva!Não a aceitam nos demasiados casos de violência doméstica?Não é isso que se chama à morte e violação de crianças e mulheres, por esse mundo fora? Basta de hipocrisia! Basta de mediocridade no julgamento dos assassinos, que ,em muitos casos, são, pura e simplesmente libertados!

domingo, 24 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

NEO- REALISMO... MANUEL DA FONSECA



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O NEO-REALISMO EM PORTUGAL…


MANUEL da FONSECA, ALVES REDOL, SOEIRO PEREIRA GOMES…


É impossível, neste espaço, fazer um artigo muito aprofundado sobre esta matéria, como se pode calcular. Peço aos amigos que me lerem que o considerem, apenas, uma “achega” para se saber alguma coisa do tema; consequentemente, quem quiser saber mais sobre esta matéria, deve socorrer-se, nomeadamente, do que houver ,nas BIBLIOTECAS.
Convém, a este ponto do artigo, dar uma definição, mais ou menos clara e concisa, do que é o NEO-REALISMO: pois, é um movimento estético/literário que abrangeu os anos 40/50 do século XX, que se demonstrou influenciado por princípios filosóficos e políticos ligados ao marxismo, mas que deu preferência às temáticas de índole social e que defende uma arte voltada para as carências das classes sociais desfavorecidas, denunciando as suas rudimentares condições de vida. Em PORTUGAL, estiveram ligados a esta corrente nomes como MANUEL de FONSECA (1911-1993), (objecto particular do meu post de hoje), CARLOS de OLIVEIRA (1921/1981), SOEIRO PEREIRA GOMES (1909/1949), ALVES REDOL (1911/1969) e FERNANDO NAMORA (1919/1984), entre outros, menos significativos para o movimento.
No fundo, se bem pensarmos, quer em PORTUGAL, quer no BRASIL, as motivações eram semelhantes no que implicava a ideia do renascimento dos ideais e valores realistas e naturalistas do século anterior e dos jovens revolucionários da “Geração de 70”; mas, desta vez, com um toque de FREUD, à mistura…
A grande crise económica dos finais dos anos trinta, as consequências desastrosas a todos os níveis, da Primeira Grande Guerra,o desemprego, as injustiças sociais e o expandir das ideias para uma sociedade socialista, notaram-se perfeitamente e deram um grande incremento às, prosa e poesia, neo-realistas. Em Portugal, havia ainda que ter em consideração a ditadura salazarista que problematizava todas essas ideias e todos as lutas sociais. Como dizia LUÍS DE STTAU MONTEIRO, no DRAMA “FELIZMENTE HÁ LUAR! pela voz do “Principal Sousa”- “quanto mais o povo souber, pior ficamos “nós””-
Nos romances “ESTEIROS” de SOEIRO PEREIRA GOMES (SPG) e “GAIBÉUS” de ALVES REDOL (AR) notam-se, à evidência, as inspirações marxistas ,ao serem referidas as lutas de classe, principalmente através do relato da miséria da vida dos operários e camponeses versus patrões e latifundiários, senhores do capital, das terras e propriedades. Hoje,já muitos aceitam a ideia de que o capital é preciso… desde que contribua para a dignificação de quem a ele está ligado, patrões e operários!
Passo para a obra de MANUEL de FONSECA (MF).
O romance “SEARA DE VENTO”retrata, essas situações, as lutas entre classes sociais de interesses opostos, entre ricos e pobres, a fome, o desespero da vida de quem só pode sobreviver com o seu trabalho. O mesmo se pode dizer da intriga (a história, em si) dos romances “O FOGO e as CINZAS” e “CERROMAIOR”.
Por exemplo, no Brasil, o romance neo-realista deu vida às lutas das populações nordestinas, por melhores condições de vida! Mas, retomemos “o fio à meada”: ao ler o romance “O Fogo e as…”encontramos histórias da miséria, nua e crua, dos alentejanos dos anos 40 do passado século, o que provoca no povo o ganhar de uma consciência de classe, que assusta o regime salazarista, sempre apoiado em polícias de todos os sectores, em agentes da PIDE- DGS e em todo o tipo de “bufos”, “pró-bufos” e denunciantes ,de todo o tipo e feitio… coisas que só eram faladas “entre dentes e entre amigos” na pacatez cúmplice da mesa da tasca ou do cafezito, lá da terra…HISTÓRIAS da história da vida que englobavam crianças famintas e velhos ( hoje, idosos!) desesperados e desprezados.
Entendo que, pela sua obra, o neo-realista MF pode e deve considerar-se como um promotor da dignidade literária das camadas populares, nomeadamente as da região campaniça (alentejana).
Por alturas dos anos 50, VERGÍLIO FERREIRA demonstra na prosa, ainda jovem, ser um atento seguidor do neo-realismo, ao deixar assomar, na sua obra, uma certa irrequietude estética com constante experiência de novos meios de expressão, como por exemplo o uso da linguagem popular, que é um dos Registos das particularidades da nossa LÍNGUA; e fá-lo, precisamente, no romance de problemática, existencialista, “MANHÃ SUBMERSA”.
O romance de MF “SEARA de VENTO” é um clássico da corrente neo-realista, onde a temática, no plano da ficção é o mesmo da vida precária dos trabalhadores, apoiado na oposição entre o campo e a cidade. E é interessante de se ver o facto de a MORTE ser quase assunto secundário! O que verdadeiramente interessa é que, enquanto vivemos, temos a obrigação de lutar, com todas as forças, por uma vida digna! Aqui, já MF explora a vida interior das personagens principais, seguindo os ditames do pensamento de FREUD, que se espalhava pelo mundo ocidental. É de notar, também o relevo dado ao papel da Mulher e o facto de serem as personagens a falarem de si próprias, de se apresentarem, desnudas, perante o julgamento dos narratários (leitores).
Neste romance, duas personagens de destaque: o VENTO, personificado como um ser humano e AMANDA CARRUSCA, mulher, aparentemente frágil e que ,apesar das lutas, aceita o sofrimento, sem se vergar! Se “é preciso ir pedir esmola para o meu neto, EU VOU!”

MEUS AMIGOS: aconselho estas leituras! O espírito humano precisa de muito mais que orações, para se enriquecer!
Quanto a bibliografia, usei os meus conhecimentos, os livros focados, e as leituras que nunca deixo de fazer.
Até sempre!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


Alentejo do meu fascínio!
Ouro contido num pedaço de terra
tornado vivo com a força do vento,
oscilando lento, lento…

Esforço-me por viver o gosto da seara loura
que grita, pujante, exaltante no seu ouro.
Mar ondulante ao sabor do vento!
Exaltas, tu, trigo louro, sem um lamento,
sabendo que serás do Homem, o sustento.
De barco (quem sabe?) irás até ao moinho
onde o homem, lesto, te transformará
em pão, mui fininho.

O teu calor de seara ardente
perde-se nas águas do litoral,
no oeste, veemente!

Seara anelante, ofegante, sedenta!
A foice levezinha cumpre o seu dever,
Nas mãos da calosa ceifeira, potente!

Sofro, também eu, de outros penares,
Lembrando seareiros de velhos mares!

E o Tejo, serpenteante, já foi tão distante…




CAD4D -95 (1) – JNR/08

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

POEMA DO CICLO "ARES DO TEMPO..."

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É quase genético
este meu conhecer, de cor,
o rebentar das ondas do Mar...

Herança de antepassados,
fugidos à vida
em frágeis "cascas de noz",
com os soluços na voz.

Misterioso, místico,
este apelo das águas
em ondas alterosas
leva-me pelas areias ,onde
avós de outras eras
se perderam nas quimeras!

Não sei dizer o porquê
da chamada insistente, premente...
Suspeito que os seus restos,
perdidos em águas fundas,
pedem para ser lembrados
por marinheiros mais lestos...

-"AVÉ -MARIA, cheia de graça..."
Um frémito de amor perpassa
no meu sentir, a rezar...
- " Bendito o fruto do vosso ventre..."
Janela aberta em minh'alma
ferida de velhos tempos,
deita ao mar minhas saudades,
que eu lanço em tardes calmas.
- "Rogai por nós, pecadores..."
Do fundo do MAR
oiço um eterno soluço...
vindo, com força do mar, dos que andaram a navegar
perdendo-se noutros odores
-" Agora e na hora da nossa Morte..."

Triste sorte! Tantos horrores...



C7G-33(Mist)DEZ/09

domingo, 17 de janeiro de 2010

Poema do ciclo "Místicos": SEBASTIÃO REI SONHO..


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Sebastião – Rei...
mistério do Portugal das grandezas messiânicas!
Rei louco, Rei Pouco, Rei Nada,
no quente deserto da sofreguidão…
Dor ,na dor de encontrar outra loucura a HAVER!
Por que te foste perder, nesse navio sem leme,
que geme… que ainda geme?
Mortal no fausto da imortalidade enganosa,
das areias sequiosa…

OUSAR É VIVER!
VIVESTE, OUSANDO O LIMITE!

Qual ARTUR de CAMELOT
não encontraste o GRAAL,
para salvar PORTUGAL!

O Regresso, possesso de ti,
inda anda por aí…
Era um sonho- pesadelo teu porto de Alcácer- Quibir!
Afinal, a fé bastou em tudo o que acabou!
Partiste sem regressar,
deixando um povo a penar…

Vivência ecuménica!
Messias que não houve!
Ideal desenfreado!
Herói destronado!
Falência genética, na areia poética!

Sedução vertiginosa és, REI!
“ Nem lei nem grei”!
A HORA é de apanhar espadas enferrujadas…
E PORTUGAL já não respira…SUSPIRA!


C7G- (mist) -41/31-NOV/09

sábado, 16 de janeiro de 2010

Música de Beethoven...


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A Música é ,como todos sabemos, uma linguagem universal e intemporal.Adoro Música!
Deve ser triste não poder "viver" num mundo de sons;mais do que triste, trágico!-se pensarmos que ,através da Música podemos transmitir,transfigurar e elevar a realidade!
Gosto ,particularmente, de Beethoven, no capítulo da música clássica.
Sempre entendi que, através da sua arte, ele queria estender os olhos pela terra, na ânsia de a ver irradiar luz e exalar claridades de espírito.
Infelizmente, para Beethoven e para todos nós,a terra não é nada disso! E não é , seguramente,o palco mais adequado à melodia e alegria da música deste compositor, de Viena de Áustria!

Consciente dessa verdade, dizem os livros que o extraordinário músico e compositor era um homem amargo, triste e melancólico...genial, acima de tudo!
Mas a vida é uma constante aprendizagem! Talvez por isso, o célebre génio continuou a compor as obras de arte que ,hoje, deliciam os nossos sentidos.
Aí está mais uma "pedra lapidada" a dar à luz delícias da Criação!
Como aprendizagem contínua, sei ,por experiência própria, que a Vida nos deixa, amiúde, sem respostas...É então que devemos esforçar-nos por nos integrarmos melhor e deixar que outros "entrem" no nosso pequeno mundo, por vezes solitário, por vezes ,enriquecedor.

Esbato a minha teimosia na confiança num mundo melhor, através de marcas, ora indeléveis ,ora evidentes ,do enigma que eu sou. Penso, decididamente, que Beethoven foi assim.

Completamo-nos, amando...Há tanto para amar!
Eu amo a música , hoje, agora...
Depois,já serei Outra... quem sabe se capaz de reescrever palavras como estas...
Deixo-vos com Beethoven, com MOONLIGHT SONATA... para sonhar!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

REENCONTRO ...


“Momento de reencontro…”

Pensamentos como que “enviesados” levam-me a penetrarem naquele pinhal a que nunca dei grande importância…É verdade que julgo haver um momento próprio para darmos às coisas o valor que elas têm. Foi, provavelmente, um apelo da Natureza agreste, no seu cheiro peculiar a urzes, giestas, resina, folhas secas de pinheiro e pinhas a cair…
O chão, pejado de restos da natureza, cheira ao meu apetite de desvendar outros segredos…
Talvez seja outro daqueles momentos pensativos…O sol brilham. Corre um arzinho fresco nesta linda tarde de Maio…ainda não muito quente, parecendo feliz com o bem – estar de quem o goza, em plenitude.
Vejo os raios de sol a brilharem por entre as árvores das quais pendem pinhas, grávidas de frutos. Aqui e ali, os pinheiros que arderam cederam o lugar a restolho roxo com ar de urzes e giestas brancas e amarelas, formando, sem o saberem, um tapete “persa”, quase só meu… que me convida a um repouso de sons e cores extasiantes.Confesso-me apaixonada pela beleza daquela serra, lá no Caramulo! E sinto que não há aqui lugar para nenhum tipo de solidão, porque até a solidão está acompanhada por esta beleza, difícil de se ver noutro lugar, que não este mesmo!
Os anjos e santos doutros paraísos abrem uma janela furtiva, por entre as disfarçadas nuvens, para contemplarem, com inveja e ciúmes, a paz do espaço que não podem compartilhar comigo!
Nos campos, aqui ao pé, continuam os trabalhos rurais da época, feitos hoje com tractor. Ao longe, o casario parece adormecido… já não há fumo a sair das chaminés…Lembro outros tempos, os da minha infância, da minha pequenez no meio disto tudo, quando o fumo se confundia com o nevoeiro e enganava os incautos que se atrasavam no apalpar da terra, com o peso das enxadas…
A minha caneta, cheia da vida que eu lhe transmito, põe-se a caminho e começa a escrever todos estes pensamentos. Prodigiosa paisagem colorida é, igualmente, a do meu próprio pensamento, livre, relaxado e voluntarioso, nesta hora de “comunhão”… O ar, em música, afaga-me os cabelos. E eu seria desonesta se hoje, aqui e agora, permitisse à minha caneta que expusesse, despudoradamente, algum sentimento de amargura! “Hoje não, minha velha amiga! Afasta-te de tormentos existenciais e vive comigo a alegria destas horas de tojos, urzes, pássaros no ar, bichos-de-conta apressados, papoilas rubras inchadas de amor…”
Andam por aí, à solta, cheiros de flores que atraem abelhas aos cortiços…
Feliz, sem sombra de melancolias, repousada no meu interior saudável, pego nas minhas “riquezas” pessoais e meto-me a caminho. Pararei no café,de sempre ,para beber a “bica”, de sempre…
Senti que a vida me deu o braço, me ajudou a levantar e quer acompanhar-me a casa. Vou com ela, segura de que, hoje, dobrei um dos meus “cabos das tormentas…

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MIEP GIES: O AMOR PARA ALÉM DE...


Fotos google



MIEP GIES: “O Diário de ANNE FRANK”...


Faleceu, com 100 anos, a senhora que encontrou, depois da 2ª GRANDE GUERRA, as folhas soltas daquilo que viria a ser “O Diário de ANNE FRANK”.
Volta e meia, felizmente, lá vem uma notícia que nos leva atrás no tempo, a um novo e dramático “encontro” com o terror do HOLOCAUSTO NAZI. E digo “felizmente”, porque o horror dessa época do século passado deve estar sempre presente na memória das consciências, a fim de evitarmos que voltem a acontecer.
Infelizmente, mesmo depois dessa tragédia humana, mesmo depois da Grande guerra! já perto do nosso século, continuam a acontecer genocídios ultrajantes , como se a história tivesse deixado em branco, o negro período da loucura de Hitler!
Não se pode esquecer a história recente dos BALCANS, da Jugoslávia, da Bósnia – Herzegovina, dos massacres dos tutsis /hutus, dos episódios chocantes e do horror da situação entre RUANDA e BURUNDI, do genocídio de cambojanos às ordens dos “KMERS VERMELHOS “ de POL POT, do também, genocídio, das gentes do DARFUR, às mãos de milícias de credos duvidosos, alegadamente apoiadas pelo governo sudanês e sei lá que mais destas situações que colocam o ser humano ao nível do mais feroz dos animais.
Voltando a MIEP GIES: era austríaca, mas vivia na Holanda e teve a coragem de ajudar os FRANK, numa altura em que o medo imperava, senhor soberano sob a alçada de Hitler, na caça aos judeus. Ao deslocar-se ao sótão onde viveu aquela família, depois da Guerra; MiEP encontrou folhas soltas, escritas por Anne FRANK, que guardou religiosamente para poder entregar à menina, quando ela voltasse… Não voltou a aparecer, pois, como sabemos, morreu de doença no campo de concentração de Bergen_Belsen!(1945)
Hoje ,o DIÁRIO é um dos livros mais lidos e vendidos do Mundo por representar um valioso contributo para a história recente do mundo, na mais que gorada tentativa de compreensão dos actos nazis, contra o povo judaico.
“O DIÁRIO de ANNE FRANK”é considerado”PATRIMÓNIO DOCUMENTAL MUNDIAL!A UNESCO, considerou-o “MEMÓRIA DO MUNDO”, em 2009.
MªELISA

"Solidaridade ... ao menos!"

THAITI: TRAGÉDIA INCALCULÁVEL

É um pequeno post, este, em jeito de homenagem ao martirizado povo desta terra, que parece esquecida pelos deuses.
Apesar da grande maioria dos thaitianos ser católica, DEUS tem-se esquecido, com demasiada frequência desta pobre parte do GLOBO.
Já todos sabemos que me refiro á terrível catástrofe que se abateu, ontem à noite, sobre esta sacrificada região .
Em 2007/08 foram os Furacões que quase destruíram o país, um dos mais pobres do mundo, tragédia da qual o mesmo ainda não se tinha recomposto. Gente paupérrima que sobrevive da imaginação, pode dizer-se que a escuridão ataca, na escuridão!Ou ,como diz o nosso povo, “só chove onde já está molhado”.
Já ontem à noite a CNN, sempre em cima do acontecimento, dava a notícia, em tons de tragédia. Hoje, comecei a ver as imagens que de lá têm chegado, só depois das duas da tarde, por ter estado numa consulta hospitalar, durante toda a manhã.
A capital, PORT-AU-PRINCE, onde viviam mais de quatro milhões de almas, pura e simplesmente, desmoronou-se, como um castelo de cartas! O horror perde as palavras, num momento como este!
QUE O MUNDO CONSIGA CHEGAR, O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL, ATÉ ESTA POBRE GENTE, PARA A QUAL VAI A MINHA MAIS PROFUNDA E HUMANA SOLIDARIEDADE!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Poema do ciclo "Místicos": (dor de NATAL)



Natal gelado frio vergado
ao peso da neve caída…
Ruas desertas… almas inquietas
aos pés da sofrida lareira acesa…
Natal molhado!
Chuva caída de nuvens inchadas,
às bategadas!
Espírito inquieto de olhar vago deserto
na procura da flor do AMOR.

Igreja aberta,
acesa,
desperta…
…conforto de quem quer entrar.
Velas de luz aos pés do Menino deitado na palha,
no verde musgo seco,
do aconchego místico dos animais…

Bafo de amor cobre o mistério…
No agreste mundo
sofre-se de modo profundo…

Maria e José, mesmo ali, ao pé…
Conhecem a dor que espera o Senhor-Menino,
ali deitado ,a seu lado, como parte de um destino…

Fora da cabana, no céu azul, límpido, intenso,
brilha a luz das estrelas, num ambiente denso.
É oiro de raro incenso, derramado na mirra cheirosa da noite azulada…

Um cometa da cor do céu
pousa, com fragor,
na cabana do Menino-Senhor…

Inexplicável sentir um Futuro tal,
que parece ser a dor do eterno Natal!


C7G-27/39-(mist)-DEZ/09

”APELOS DA NATUREZA…”

Pensamentos como que “enviesados” levam-me a penetrarem naquele pinhal a que nunca dei grande importância…É verdade que julgo haver um momento próprio para darmos às coisas o valor que elas têm. Foi, provavelmente, um apelo da Natureza agreste, no seu cheiro peculiar a urzes, giestas, resina, folhas secas de pinheiro e pinhas a cair…
O chão, pejado de restos da natureza, cheira ao meu apetite de desvendar outros segredos…
Talvez seja outro daqueles momentos pensativos…O sol brilha. Corre um arzinho fresco nesta linda tarde de Maio…ainda não muito quente, parecendo feliz com o bem – estar de quem o goza, em plenitude.
Vejo os raios de sol a brilharem por entre as árvores das quais pendem pinhas, grávidas de frutos. Aqui e ali, os pinheiros que arderam cederam o lugar a restolho roxo com ar de urzes e giestas brancas e amarelas, formando, sem o saberem, um tapete “persa”, quase só meu… que me convida a um repouso de sons e cores extasiantes.Confesso-me apaixonada pela beleza daquela serra, lá no Caramulo! E sinto que não há aqui lugar para nenhum tipo de solidão, porque até a solidão está acompanhada por esta beleza, difícil de se ver noutro lugar, que não este mesmo!
Os anjos e santos doutros paraísos abrem uma janela furtiva, por entre as disfarçadas nuvens, para contemplarem, com inveja e ciúmes, a paz do espaço que não podem compartilhar comigo!
Nos campos, aqui ao pé, continuam os trabalhos rurais da época, feitos hoje com tractor. Ao longe, o casario parece adormecido… já não há fumo a sair das chaminés…Lembro outros tempos, os da minha infância, da minha pequenez no meio disto tudo, quando o fumo se confundia com o nevoeiro e enganava os incautos que se atrasavam no apalpar da terra, com o peso das enxadas…
A minha caneta, cheia da vida que eu lhe transmito, põe-se a caminho e começa a escrever todos estes pensamentos. Prodigiosa paisagem colorida é, igualmente, a do meu próprio pensamento, livre, relaxado e voluntarioso, nesta hora de “comunhão”… O ar, em música, afaga-me os cabelos. E eu seria desonesta se hoje, aqui e agora, permitisse à minha caneta que expusesse, despudoradamente, algum sentimento de amargura! “Hoje não, minha velha amiga! Afasta-te de tormentos existenciais e vive comigo a alegria destas horas de tojos, urzes, pássaros no ar, bichos-de-conta apressados, papoilas rubras inchadas de amor…”
Andam por aí, à solta, cheiros de flores que atraem abelhas aos cortiços…
Feliz, sem sombra de melancolias, repousada no meu interior saudável, pego nas minhas “riquezas” pessoais e meto-me a caminho. Pararei no café,de sempre ,para beber a “bica”, de sempre…
Senti que a vida me deu o braço, me ajudou a levantar e quer acompanhar-me a casa. Vou com ela, segura de que, hoje, dobrei um dos meus “cabos das tormentas…

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

Memória breve de SIMONE de BEAUVOIR (1908/1986)


fotos google




Era o meu ideal de emancipação feminina quando, nos anos setenta do passado século, me comecei a inteirar, com consciência de Mulher, sobre o nosso papel, na sociedade.
Apesar disso, sentia-me sem forças para o proclamar, quer pela minha juventude, quer pelas amarras do casamento quer, ainda, pelo facto de ter nascido numa sociedade atrasada por força do domínio da educação judaico/cristã... Hoje sei que era uma atitude de cobardia... Eu tinha vontade de falar desta Mulher que, vivendo ao lado de SARTRE, nunca viveu à sombra dele ou dos seus ideais, embora comungando de muitos deles, como é sobejamente conhecido.

Sabia que cada um deles tinha um estilo de vida que, para a época, se era condenável pela moral burguesa, não deixava de ser admirável, pela coragem de assunção de um estilo de vidaque desafiava as regras instituídas por uma sociedade com o seu "quê" de medievalizante.Cada um deles entendia "estar"no mundo e na sociedade, sem interferirem com a liberdade um do outro.

Nascida em Paris, a 9 de JANEIRO de 1908, muito cedo Simone começou a escrever, estimulada pela forte personalidade da mãe ,mulher que já via o Futuro diferente daquele Presente em que a criou.
Licenciada em Filosofia pela Universidade da SORBONNE, só aos 41 anos escreveu o seu "livro- escândalo", "O Segundo sexo"; mas já antes disso tinha começado a "tocar" em temas ousados como a vida sexual da Mulher, a sua iniciação no sexo, o aborto, a homossexualidade, masculina e feminina, e tantos outros reportados à liberdade da mulher, que , se chocaram, na altura, as sociedades que viam na fêmea o objecto, simplesmente! da satisfação do macho, não deixaram de abrir as portas à libertação consciente e construtiva da mulher, como metade da outra metade , que faz uma Unidade!

Recordo uma frase sua que não assinalo como citação porque me lembro dela, mais ou menos por estas palavras, de tantas vezes a ter dito perante alunas/os dos 12ºs anos: " É sempre pelo trabalho que a mulher vai diminuindo a dis tância que a separa do homem! Somente pelo trabalho a mulher poderá conseguir uma independência concreta". Pensando na libertação da Mulher face ao Homem que ainda hoje vemos nas nossas sociedades... pobre da mulher que do homem depende para comprar um creme, um bâton ou um par de meias...

A partir dos anos setenta e mais especialmente nos anos oitenta do passado século. depois da entrada na Faculdade,por força da necessidade ,por ser aluna- trabalhadora, vi que nada enriquecia os meus conhecimentos como o hábito da LEITURA.
Entendi que nada eleva um espírito ansioso e livre ,como a Leitura de uma obra certa, no momento certo.
Penso que, pela leitura afirmamos o nosso EXISTIR e tornamo-nos mais livres, uma vez que ,nessa liberdade encontramos a lei, digamos assim, que devemos seguir, a caminho do aperfeiçoamento. "Ingeri", por conseguinte, naqueles tempos e depois, FILOSOFIA, que não pertencia ao meu Curso, especificamente, mas que me deu uma relativa sabedoria humana, que me ajudou na minha profissão e na minha vida. SARTRE, CAMUS, YUNG, DESCARTES, Comte,PLATÃO, ARISTÓTELES, SANTO AGOSTINHO, SÃO TOMÁS DE AQUINO, HEIDEGGER,- sei lá quantos mais!É claro que os livros não ficaram dentro da minha cabeça , em sentido literal, mas os pensamentos dos seus autores deram-me um traquejo que ,hoje, quando preciso ,sei onde ir buscar ajuda para certos trabalhos.

Acho que este artigo, que pretendia ser apenas uma recordação de SIMONE de BEAUVOIR, se alongou tanto ,que só vos vou referir o livro máximo ,em meu modesto entender , " O SEGUNDO SEXO", desta mulher- MULHER, onde ela se refere às injustiças cometidas contra o sexo feminino, fazendo ver que o que se exige da mulher, como ser humano, se assemelha ao esforço de SÍSIFO em levar a sua pedra de condenação eterna, pela montanha acima, sem nunca acabar o seu trabalho. São assim as tarefas da mulher, no contexto doméstico , em muitas sociedades modernas, ainda!

Todos os livros que possuo desta autora são da chancela da EDITORIAL BERTRAND.
Chocante de se ler, pela actualidade do tema é "LA VIEILLESSE"( A VELHICE") mais actual do que se possa pensar , pelo que vemos nos jornais, todos os dias, sobre o modo como são tratados os nossos velhinhos, em certos sítios e pelas próprias famílias. TRISTE CONDIÇÃO HUMANA!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O SÓTÃO DA NOSSA VIDA...


fotos google



O SÓTÃO DE CADA UM DE NÓS…

O sótão da nossa casa é, para quem o tem, um lugar quase sagrado. Existe um sótão em todas as casas velhas dos familiares que temos nas aldeias mais recônditas do nosso país. Há um na casa da minha avó, onde eu ia, em pequenina, com o intuito de ver as maravilhas, dignas da “Feira da Ladra”: era um local quase proibido, quase sagrado, quase misterioso, onde, ao longo de anos se iam acumulando velharias, mesmo que cheias da vida que lhes transmitimos, ao longo da vida, manuseando-as.
Um dia destes, sem que o tivesse premeditado, decidi subir a escada, deixando para trás aquele sentimento de medo que me invadia, em pequena: medo da avó que não era para brincadeiras, medo dos “fantasmas” que por lá dormiam, medo de me confrontar com forças misteriosas, abafadas pelo ar dos tempos…
Tanto pó à minha volta! Tantas teias de aranha! Encontrei um sítio em cacos e uma névoa que parecia querer cobrir espaços da minha infância, bocados esquecidos de mim, num tempo em que não fui feliz. Desse tempo, de que não quero falar, não tenho boas recordações e este “nevoeiro” denso, que apercebo pela luz das duas telhas de vidro, adverte-me, instintivamente, para o aparecimento de um qualquer SER, reflexo da minha idade primeira, eu própria…quem sabe? transformada na mulher que sou e que quero continuar a ser, com os ajustamentos que os tempos e a idade permitiram que me fosse fazendo…
Olhem aqui os tapetes velhos da avó! Comidos pelo tempo, antiquíssimos e sujos…eis que me deixam perceber a forma de um baú! Estranho…não é de metal nem de madeira…não recorda os dos filmes de piratas…é etéreo, fantástico, existe sem existir…mas convida-me a mergulhar as mãos num fundo que não existe, à procura de qualquer coisa de que, possivelmente nem lembro”. Já conheço esta sensação do “tem que ser”…E do fundo do “baú”,começo a retirar bocados de velhos papéis desfeitos enterrados em pó, bocados de pensamentos onde guardei memórias de mim, do bom e do mau que em mim houve , até à “minha tomada da Bastilha”, que se deu quando entrei na Escola Superior De Educação, enquanto meus pais lá continuavam ,juntinhos, em São Tomé e Príncipe, donde eu vim para a”metrópole”, aos sete anos da minha inocência .
Não deixo de pensar que este “baú” cheira a musgo dos anos molhados de lágrimas minhas, ao vencer etapas de merecidas fugidas da mediocridade. Nele está grande parte do meu rolar da pedra, montanha acima, qual rei “SISIFO”! Folhas amarelecidas de cartas de meus pais para a minha avó… velhas fotos a preto e branco da minha comunhão… o meu primeiro “Livro de Curso, com uma caricatura dos meus traços físicos…Sim, porque os morais, espirituais, guardei-os e fui-os aperfeiçoando até hoje!
Ao longo dessa vida que deixou resquícios gravados pela força das lágrimas, ganhei outro Curso, a Licenciatura em Estudos DE Português e Inglês, tive dois filhos, perdi um casamento sufocante, viajei por países de outros continentes, ao longo de uma etapa que acreditei ser de salvação…
Que foi feito de mim, “baú”, que me encontro, aos pedaços, dentro de ti? És, apesar de tudo, o meu momento especial dos últimos tempos…E não termino sem citar duas frases de Fernando Pessoa, do “Livro do desassossego”, que penso irem de encontro a todo este viver:”
O valor das coisas não está no tempo que elas duram mas na intensidade com que acontecem. Por esse motivo, existem coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Tu, “baú”, és o meu momento inexplicável…As folhas amarelecidas são factos inesquecíveis…
Eu só sou comparável a mim própria!

POEMA DO CICLO" MULHER QUARTO_CRESCENTE


fotos do google





Brilho puro de luar…
Orvalho matinal louco,
madrugada a despertar
ao som da vida…rouco!

Voz de oscilações trementes,
a que sussurras
nos momentos do meu amanhecer…

Sol de raios inquietantes
perdido na minha vida,
em todos os meus instantes…

Volta a mim, AMOR,
de sensações tão presentes!

Quero sorver o brilho do teu olhar,
no azul da noite, de puro luar,
antes das aves começarem a voar…

É linda a manhã do meu suave despertar!
Vou segura pela Vida, nas mãos do luar!

Seria bom nunca, nunca, acordar! -
sem ver esse teu olhar…
C6F -122/9 – JLH/09

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Poema do ciclo "MENSAGEM": a criação poética


FOTOS do GOOGLE


O poeta é fruto do seu momento…
Pensador, amador, sofredor,
sempre em atitude dúbia.

Egotista, por natureza,
sofre pelos males do mundo,
-de modo tão profundo!-
que é difícil convencer!

É lento com a sua pena
e lesto com o pensamento.
Mas ,de momento a momento,
a vida é o que lamenta…

Pensador…
Seu pensamento, vê a mágoa que escorre,
da pena com que discorre.

Cicatriza a solidão,
usando a mão no papel, de onde brota a Mensagem
do seu olhar vagabundo…
Tudo num só segundo!

Ao olhar a Natureza
não vê mais que a beleza
que o ar do mundo produz
no voar da ave ,que o seduz…

Olha p’ra dentro de si
e quer contar-me, a mim!
o registo do seu EU,
numa atitude de deus!

É um constante desafio,
quer no calor ,quer no frio…

O POETA CAPTA, MAS… NÃO EXPLICA!

Vive sem se aperceber
que é forçoso esquecer a Razão,
em detrimento da beleza da Emoção.
Vive dentro de si, deitando fora o que sente!
Discorre sobre o Passado, sem sair do seu Presente!
O seu nicho habitual? caderno vivo de letras presentes,
amarelado de antecedentes…

Ao leme das sensações, onde parece parado,
vira-se para todo o lado…
Alma inquieta… deserta por atingir o sonho.


C7G-7MENS/31-JAN/010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

LUSIBERO fez um ano!

Foi tão rápido, que nem dei por isso!
Anteontem, dia 2 de Janeiro, fez um ano que abri o meu blog.
Tenho ,hoje, mais amigos do que tinha; estou, por esse motivo, muito mais rica , interiormente!Com 14000 visitas ao perfil e 65 seguidores, agradeço, de todo o coração, aos amigos , que tornaram possível este pequeno sucesso.
Da minha parte, podem contar com dedicação e preocupação extremas no que publicar. Sei que não tenho ido a todos os blogs tantas vezes como costumava ir. Isso deve-se , tão só, ao facto de ter que ir a todos, em dias diferentes, por serem tantos seguidores. É claro que há quem tenha muitos mais... Mas importa-me , de sobremaneira, a qualidade mais do que a quantidade, pois não quero desiludir quem confiou no meu trabalho.
Importa, neste momento, saudar todos os que fazem parte desta comunidade virtual, enviando os meus desejos de que o novo ano vos traga saúde e serenidade. Um abraço grande para leitores, seguidores ,visitantes ! Sois todos importantes no contexto do meu trabalho, por aqui!
Abraço amigo de
LUSIBERO

Poema do ciclo "Vida"


Manhã cedo…
Alvorada de vida das estrelas
que brilham no céu…
Há no ar um silêncio desusado, só meu
( por enquanto,)
nestes atalhos da mata natural!
Tudo verde, tudo fresco e húmido
do orvalho, que dá vida.

Carreiros traçados no solo
por outros solitários caminhantes,
põem no meu caminho maravilhas naturais
abençoadas pelo sol,
(que entretanto)
distribuiu seus raios flamejantes…

Vê-se, ainda, um nevoeiro denso,
que começa a desvanecer-se…
Os carreiros reaparecem,
tornando-se visíveis,
amigáveis no ar e na luz.
Seduz-me, nestas horas matinais
o momento em que o sol aparece.
E não importa nada mais!


Levo comigo, neste deambular,
sonhos que não esquecem, da vida
que vai passando…

Vivo-os, perdida por me encontrar,
Na mata do meu pensar…



CAD6F -19 (44)
JAN/09

domingo, 3 de janeiro de 2010


TURQUIA versus UNIÃO EUROPEIA

Li, há dias, um artigo em que se falava da situação na TURQUIA, a propósito de um possível atentado contra o vice primeiro- ministro, BULENT ARINC, na base do qual estariam tensões entre o PARTIDO da JUSTIÇA e DESENVOLVIMENTO, liderado por islamistas moderados-que governam a TURQUIA e a cúpula das forças armadas que, por tradição, garantem a constituição laica.
Este caso provocou-me uma simples reflexão sobre este país, que nasceu nos anos vinte do século passado e cujo primeiro Presidente foi MUSTAFÁ KEMAL ATATURK.
A TURQUIA anda, há que “séculos”, a tentar entrar na UNIÃO EUROPEIA (EU), como todos sabem. Razões várias continuam a dividir as opiniões dentro da Europa. Como não sou historiadora, apenas como leitora de jornais e revistas que tratam temas que me despertam a atenção, me quero pronunciar a este respeito, confiando que o saber de outros amigos bloggers me possa ensinar mais qualquer coisa a este respeito. Sei que duas grandes razões, pelo menos, têm que ver com o facto de a EU não querer, para já, tocar no “dossier” TURQUIA: o problema da falta de respeito pelos direitos humanos, nomeadamente com as mulheres e com minorias étnicas, como a dos CURDOS e o grande obstáculo religioso, dado este país ser, maioritariamente islâmico!

Neste momento da minha reflexão, vem-me à ideia o facto de a TURQUIA ser membro de pleno direito da ONU, do Conselho da EUROPA, da OCDE, da NATO e mais outras organizações de que não recordo o nome… É claro que a EUROPA não tem vontade nenhuma de ter que se confrontar com milhões de árabes, circulando livremente no seu território, num momento em que as religiões e os fanatismos fundamentalistas estão, mal ou bem, verdade ou mentira, ligados aos problemas do terrorismo…A verdade é que, à excepção da maravilhosa cidade de ISTAMBUL, outrora BIZÂNCIO e depois CONSTANTINOPOLA, a TURQUIA não se situa na EUROPA, o que sempre levantou problemas com os ESTADOS UNIDOS; mas os turcos, por uma questão de mentalidade e de estratégias comerciais, sempre se sentiram mais europeus que árabes…
Estrategicamente situada, no contexto das nações, a Turquia sabe que poderia servir de entreposto comercial e mesmo militar, ligado ao mundo e ligando mundos diferentes.
Em Abril último, o Presidente Obama, começou a ver o problema turco com olhos diferentes dos seus antecessores e fez reunir, em PRAGA, uma cimeira para discutir esta questão com a EU. A comunidade de líderes europeus está dividida: uns, não querem no seu seio um país cujos padrões de Justiça estão longe dos da Europa; outros, pelo contrário, acham que o país poderia começar a mudar, ao olhar para o exemplo europeu…além do mais, alguns veriam a adesão dos turcos como um contributo útil para o diálogo construtivo entre as duas maiores religiões, a católica e a árabe, a fim de evitar situações que hoje surgem, inopinadamente, precisamente por falta de compreensão de carácter religioso, quando as duas concepções de religiosidade até provêm de um tronco comum, as, educação e mentalidade, judaico-cristãs.
Serei utópica e ingénua? Está bem, mas não abdico da possibilidade de diálogo, seja em que situação for, que possa contribuir para a dignificação dos conceitos de vida
Se não é a questão das religiões, por que motivo teriam já entrado na União Europeia, outros países tão sem estruturas como a Letónia, a Eslováquia e o Chipre?No entretanto, se bem se recordam, até entre a Grécia e a Turquia , inimigos “figadais” por causa do território cipriota, os dois países já começaram a tentar encontrar um entendimento, em meados deste s anos do século XXI…
E chego a uma questão que eu penso ser importante: onde começa e onde acaba a EUROPA? Quais os requisitos que se devem ter em linha de conta para poder considerar um cidadão como “europeu”?
Enquanto os “grandes pensadores” decidem, por que é que a Turquia não pode funcionar, mais activamente, como uma ponte de entendimento entre os europeus e o mundo islâmico?

sábado, 2 de janeiro de 2010

MENSAGEM PARA O MEU AFILHADO, rmferreira

Meu querido: finalmente, chegou hoje o teu comentário ao meu poema de há dias. Já te respondi: vai ver!
Beijinhos e um ano muito feliz ,digno de ti e dos trabalhos a que tanto te dedicas!
Um abraço terno para ti, para a Beta e para os nossos meninos!
Madrinha Lusibero

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010: Ano europeu contra a pobreza e a exclusão social.


Começa , hoje, 1º dia do novo ano, aquilo a que convencionaram dar este nome do título do meu post.
Tudo bem! Tudo o que seja lutar por dar aos povos o que o mínimo da dignidade humana pode pedir, é uma luta justa.

Justo seria , também, em meu entender que, aliada a esta ideia da luta contra a pobreza e a exclusão social, estivesse naturalmente subjacente, a luta feroz contra as fortunas, por vezes ilícitas e incompreensíveis,- senão mesmo escandalosas-a que vamos assistindo neste nosso país, o Portugal pobre da Europa!
Nesta terra de gente na "cadeira da miséria", há enriquecimentos que tocam as raias da estupefacção!

Dizem ,por aí, à boca cheia, que temos mais de dois milhões de portugueses extremamente pobres e que, se não fossem as ajudas governamentais...ou melhor, as nossas ,as de todos os que pagamos impostos, com língua de palmo, seriam pelo menos quase cinco milhões! Como não acredito nas estatísticas controladas, em função do que certos "grandes" senhores desejam, arrisco que o drama ultrapassa mais de metade da população portuguesa...

É necessária e urgente uma mudança de mentalidades e de actuação, nestepaís de quase dez milhões de pobres, de paupérrimos e remediados- os tais da pobreza envergonhada-, que dê um novo alento ao sangue que nos corre nas veias!Como? Ai isso não sei ,mas temos tantos "pensadores" neste país que algum "cérebro" há-de encontrar uma solução...E eu? Eu pago impostos... depois de aposentada... não basta?
Dizem , também, que é a falta de produtividade que nos afecta. Mas digam-me lá: como é possível produzir se os desempregados são às centenas de cada vez e quase todos os dias?Não tendo trabalho, não podem pagar os seus impostos e ,ainda por cima ,vão receber subsídio de desemprego!Como se sai deste círculo? já sabemos que o Tesouro nacional está "nas lonas"...Mas a crise não é de agora, já vem de anos atrás...Lembram-se de Durão Barroso ter dito ,logo nos dias a seguir a ter tomado posse como primeiro- ministro, que isto estava de "tanga"?
Bem fez ele que fugiu logo "a sete pés" para a cadeirinha de oiro com que lhe acenaram...

As receitas têm baixado ,assustadoramente. Pudera! Subsídios de reinserção social, a quem nunca trabalhou nem tem vontade de trabalhar, compras de víveres e de gasolina na vizinha Espanha, patrões a fugir ,fechando fábricas a mais não posso, depois de terem recebido chorudas benesses monetárias e fiscais, que levam consigo, sem que "os bananas" que lhos deram lhes peça satisfações...Falências, alegadamente, fraudulentas, a um ritmo assustador e um primeiro-ministro que vê um país mais cor de rosa que a roupa dos bebés, porque lhe convém e quando lhe convém! que nos diz, sempre que lhe fazem a maquilhagem para aparecer perante as câmaras da TV, que estamos a sair da crise, enquanto os ordenados baixam com a alta do custo de vida e os impostos directos e indirectos não param de subir...como se pode lutar contra a pobreza?

O cansado e incapaz ministro das finanças está tão farto de ter vergonha de afirmar, por ordem do "grande chefe", que a crise está a acabar, que quase exausto já veio admitir que se enganou! OH,meu DEUS! mas nós ,portugueses, estamos cansados de lhe "dizer" que já sabíamos disso e que estávamos fartos das suas ridículas lengalengas...

Pela primeira vez , no nosso país, o consumo de pão diminuiu em 30%! Um país onde grande parte dos pobres jantava leite e pão com manteiga!...A nível do poder, continuam as guerrinhas bacocas de quem manda ou não manda...inventam-se crises e crisezitas para forçar os pobres a entreterem-se, enquanto não dão pela "barriga a dar horas"...

Uma última pergunta gostaria de fazer , se é que, perguntar , não ofende...
Por que não chamar ao novo ano "ANO INTERNACIONALDOS POBRES"? Haverá medo de falar dos ditadores mundiais com fortunas colossais, enquanto os seus povos morrem de fome , de falta de assistência médica e condições mínimas de dignidade humana?
Não esqueçamos o ZIMBABUÉ...o SUDÃO... COREIA DO NORTE... ANGOLA...
No entretanto, uma jovem senhora de seu nome ISABEL dos SANTOS, angolana, vai-se tornando, aos poucos, uma das "donas" de PORTUGAL...Tão jovem e tão rica!...MAS COMO?
Coisas difíceis de entender ... assim... "num estalar de dedos"...