quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Poema meu








Poema :




LUAS DE AZUL...




Sou mulher…


Sinto-me parte do mistério da Humanidade!
Sem a flor que em mim germina…não há Vida!




Sou Mulher…e essa mensagem desponta do ventre
proeminente do amor…
Vejo-a, de olhos fechados…sinto-a nos momentos vividos
nos teus braços e nos teus sentidos!
Sou a correspondência entre o Passado e o Presente,
criada no ventre abandonado,
na noite passada ao teu lado…
Sonho-solidão-amor-saudade-ilusão- da -força da criação!




Rainha dos teus cuidados, vivo, numa espécie de paraíso,
a grandeza dos teus braços enlaçados.




A vida, florindo, caminha para nós,
na certeza do sonho realizado!




Caminho ao longo do cais do nosso SER
e digo-te adeus,até o barco desaparecer…




Não gosto do nevoeiro que lembra mistérios de “Avalon”
nos arcanos das lendas do Outrora…
Gosto do nosso Agora, do nosso passo alegre,
da febre de germinar
tal a árvore do bosque,
solene e prorrompente
em saudável primavera, a chegar!




Há nos nossos amplexos qualquer coisa mística
do momento carnal…natural…sentido…
…que deu fruto…




Mas…
o Tempo passa!




Tornei-me Mulher-Mãe-Natureza!




Já te não espero…sigo a caminho de casa
e acendo a brasa para sentir outro calor…
…o da lareira acesa no meu coração,
de onde sai, apesar de tudo, a magia do perdão!




Da bruma dos meus sonhos sigo para o fim de um mundo,
no horizonte de um Além, onde não chega Ninguém…




Há luas de brilho azul sereno…
Poesia a bailar no céu, com as estrelas…




…guitarras de fados, afinadas na dor…




Sonho tudo o que eu quiser que exista…
…flauta de PAN…
…”miserere” de Pavarotti…apelos dos EAGLES…génio de Mozart…
…Taj Mahal a celebrar o amor…fragrâncias de BACO…apelos de Vénus…




A bruma dos meus sonhos? …Tudo o que eu, em liberdade, quiser que Não seja…

Não fazes parte dessa realidade, de onde, voluntariamente, saíste…

És sombra do nevoeiro no meu Ser claridade…







Maria Elisa Ribeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário