O militar garante que nunca disparou enquanto esteve a combater na Ucrânia e diz que está disposto a testemunhar em tribunais internacionais.






Um soldado russo exilado em Espanha garantiu que faria "de tudo" para que a guerra na Ucrânia terminasse, inclusive, testemunhar em tribunais internacionais.

"Não tenho nada a esconder", contou Nikita Chibrin ao The Guardian, acrescentando: "Esta é uma guerra criminosa que a Rússia começou. Quero fazer de tudo para acabar com isto".

Depois de passar por Kkarkiv, e durante o tempo que estava com a sua unidade, o russo explicou que a moral do exército russo "extremamente em abaixo". "Todos tentámos arranjar forma de desertar. Mas os nossos comandantes ameaçavam matar-nos se desertássemos", confessou.

O militar aterrou em Madrid na última terça-feira, depois de, em junho, ter abandonado a sua unidade, que está identificada como tendo cometido crimes de guerra. O jovem, de 27 anos, contou ainda que desde o primeiro dia se opôs à intervenção militar, e falou com os seus superiores, que o mudaram de posto.

"Ameaçaram aprisionar-me. No fim, os meus comandantes decidiram dar-me tarefas de limpeza e carregamento", explicou, dizendo que tinha sido destacado como mecânico.