sábado, 28 de fevereiro de 2015

Boa noite, meus amigos!


De Freud...



Esforçamo-nos Mais por Evitar o Sofrimento do que Procurar o Prazer
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Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.


Sigmund Freud, in 'Correspondência (1883)'

NÃO ESCAPA UM...


Fraude Marques Mendes apanhado em negócio ilegal de ações
Na altura em que assumia o cargo de gerente da Isohidra (entre 2010 e 2011), Luís Marques Mendes terá vendido ações por um preço 60 vezes abaixo do valor de mercado. Este negócio suspeito lesou o Estado em 773 mil euros e foi detetado há semanas pelo Fisco mas, em declarações ao Jornal de Notícias, o social-democrata diz não se lembrar de tal venda de ações. A ser considerado culpado, o antigo líder do PSD não será responsabilizado pelas Finanças.


POLÍTICA
DR

07:53 - 20 de Janeiro de 2014 | Por Notícias Ao Minuto


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O caso remonta aos anos 2010 e 2011 mas só há poucas semanas a Autoridade Tributária (AT) conclui a investigação a uma suspeita de venda ilegal de ações.
Leia também:
Atitude "lastimável" do PSD foi "golpada política"
"O CDS está cada vez mais parecido com o PSD"
"Na vida das pessoas, resultados só daqui a um ano”
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De acordo com o Jornal de Notícias (JN), Luís Marques Mendes e Joaquim Coimbra, na altura gerentes da Isohidra – Sistemas de Energia Renováveis, Lda., terão vendido ações a um custo 60 vezes mais baixo do valor de mercado.

O negócio em causa terá lesado o Estado em 773 mil euros, uma vez que as ditas ações foram vendidas por 51 mil euros quando, na verdade, valiam 3,09 milhões de euros.

Contactado pelo Jornal de Notícias, o antigo líder social-democrata diz não se recordar de ter rubricado quaisquer contratos de compra e venda que dariam luz verde a esta ação, mas segundo as Finanças a assinatura de Marques Mendes está presente nos papéis.

Papéis esses que contam ainda com a assinatura de Joaquim Coimbra, mas que não tiveram voto positivo da ainda gerente da empresa, Carmen Xavier, que agora teme ser responsabilizada pelo Fisco.

Como a ação das Finanças incide, lê-se na publicação, sobre o sujeito passivo inspecionado, neste caso a empresa, e não em particular sobre quem assinou os ditos contratos, que seriam Marques Mendes e Joaquim Coimbra, o pagamento dos impostos em falta (cobrados com a taxa fixada na altura, ou seja, 25%) terão que ser saldados pelos atuais gerentes, mesmo que nada tenham que ver com a assinatura de tais contratos de compra e venda.

Como "eles"Têm transformado este pobre país


ECONOMIA/POLÍTICA
ONTEM 14:50


Há mais de 20 anos que Portugal não tinha tão pouco emprego
LUÍS REIS PIRESOntem 14:50

Maior aumento de emprego desde o ano 2000 não evita que a economia nacional tenha o menor número de postos de trabalho desde, pelo menos, 1995.

O emprego na economia nacional aumentou 1,4% no ano passado, mostram os dados publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É a primeira vez desde 2008 que o emprego aumenta em Portugal, estando a subir ao maior ritmo desde 2000.

Vistas assim as coisas, as notícias são muito positivas para a economia portuguesa, mesmo assumindo que parte da criação de postos de trabalho se deve aos estágios profissionais apoiados pelo Estado - o Banco de Portugal já explicou que esse é um dos efeitos que tem explicado o ritmo de quebra do desemprego.

Mas, olhando para os dados do INE por outro prisma, o cenário muda. No final do ano passado, estavam empregadas 4.153.200 pessoas em Portugal. Ou seja, há mais de 20 anos que não havia tão poucos postos de trabalho na economia nacional.

A série do INE só vai até 1995, ou seja, até há 20 anos. Nesse ano, estavam empregadas 4.529.000 pessoas, mais 15,8 mil do que no ano passado.

Os dados permitem ver também que toda a melhoria que se registou no mercado de trabalho português desde o início do milénio foi completamente apagada pela crise financeira, que começou com a falência do Lehman Brothers em 2008. Foi esse o último ano em que Portugal teve mais de cinco milhões de pessoas empregadas. Desde então, a economia destruiu 567 mil postos de trabalho.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

Um pouco de Filosofia de vida...



A obra "A mimosa" de Francis Ponge, de certa forma, estabelece um diálogo entre o pensamento Platónico e Aristotélico. Isso se dá porque Ponge parte da linguagem, que deve ter certa leveza para tratar da mimosa, o que é essencialmente Plató nico apesar de sua obra ser essencialmente empírica. Para Ponge, a poesia é essencialmente o que há entre as palavras e as coisas. Ele busca uma mimosa universal, ideal, da qual fala “tenho apenas dela apenas uma idéia no fundo de mim” (p.35). Ao mesmo tempo afirma “não duvido que tenha sido pela mimosa que foi despertada minha sensualidade” (p. 35) o que nos remete ao mundo sensível, real e particular. Assim como quando fala que escrever sobre a mimosa é como girar em torno deste arbusto.


A escolha da planta mimosa para a obra encerra grande força de significados. A mimosa apresenta a característica de ser sensitiva, noção normalmente associada ao Reino Animal e não ao Vegetal. A mimosa, portanto ocuparia um lugar entre os reinos, assim como Ponge busca este lugar entre as palavras e as coisas. Ao trabalhar com a metáfora, utilizando termos como pêlos aveludados (p.33), plumas (p.43) ou piam (p.69) obtém verdade, ou melhor, verossimilhança por meio do processo de produção artística. Trata-se, portanto de discutir as fronteiras, como na obra entre a mimosa e eu e a mimosa sem mim (p.37), o que haveria? Talvez a própria produção.
O tema da estética torna-se constituinte na obra de Ponge, claramente, por exemplo, nos trechos “a floração é um valor estético” e “A flor é o paroxicismo do gozo do indivíduo” (p. 47 e 48 respectivamente). Daí pode-se depreender discussões a respeito de valor, destinação, objetivos e finalidades da arte. Como ele propõe, o Bom precede o Belo como foi apontado por diversos filósofos, para os quais a verdadeira beleza é interior.

Ponge, Francis. A mimosa. Trad. Adalberto Müller. Brasília; Ed. da UnB, 2003
Foto de Maria Elisa Ribeiro.

Bom dia, meus amigos!



Poema de Carlos de Oliveira



Poema de Carlos de Oliveira (1921-1981), in O Citador




Soneto da Chuva


Quantas vezes chorou no teu regaço
a minha infância, terra que eu pisei:
aqueles versos de água onde os direi,
cansado como vou do teu cansaço?


Virá abril de novo, até a tua
memória se fartar das mesmas flores
numa última órbita em que fores
carregada de cinza como a lua.


Porque bebes as dores que me são dadas,
desfeito é já no vosso próprio frio
meu coração, visões abandonadas.


Deixem chover as lágrimas que eu crio:
menos que chuva e lama nas estradas
és tu, poesia, meu amargo rio.





Carlos de Oliveira, in 'Terra de Harmonia'

De Henry Longfellow



De Henry Longfellow (1807-1882), in Net




"“O bom humor é um dos melhores artigos de vestuário que se deve usar em sociedade.--Julgamos a nós mesmos pelo que nos sentimos capazes de fazer, enquanto os outros nos julgam pelo que já fizemos”



―Henry Wadsworth Longfellow
Frases - http://kdfrases.com

Artigo sobre passos coelho



Artigo do meu amigo Manuel Torres da Silva, na sua página

Manuel Torres da Silva escreveu uma nota nova: MAIS UMA "ESTÓRIA" DE PASSOS COELHO COM CALOTE À SEGURANÇA SOCIAL.
1 h ·
MAIS UMA "ESTÓRIA" DE PASSOS COELHO COM CALOTE À SEGURANÇA SOCIAL
Pois é. A Segurança Social ´não tinha dinheiro para pagar pensões, ainda se lembram?
Os rombos vêm de todos os lados. Passos Coelho também também tem calote à Segurança Social, e não pequeno.
Uma investigação jornalística de José António Cerejo no "Público" de hoje:
"Mais de cem mil portugueses, sobretudo trabalhadores precários pagos a recibos verdes, andaram com o coração na boca em 2007 e 2008. A Segurança Social estava então a notificá-los de que deviam elevados montantes, relativos a contribuições não entregues — mesmo em anos em que não tinham ganho um cêntimo.
Pedro Passos Coelho era um dos que devia alguns milhares de euros por contribuições não pagas entre 1999 e 2004.
Nessa altura, em 2007, ganhava mensalmente 7.975 euros de remuneração base como administrador das empresas Gestejo, Ribtejo e Tejo Ambiente, do grupo Fomentinvest, liderado por Ângelo Correia. E, segundo disse esta semana ao PÚBLICO, nunca foi notificado pela Segurança Social de que se encontrava entre os devedores.
No entanto, entre o dia em que terminou o seu mandato de deputado, em Outubro de 1999, e Setembro de 2004, data em que recomeçou a descontar como trabalhador por contra de outrém, no grupo Fomentinvest, o então consultor da Tecnoforma não pagou quaisquer contribuições para a Segurança Social.
Nesse período, além da Tecnoforma, onde era responsável pela área da formação profissional nas autarquias e auferia 2500 euros por mês mediante a emissão de recibos verdes, trabalhava também, sujeito ao mesmo regime, na empresa LDN e na associação URBE.
Nos dois primeiros anos em questão foi igualmente dirigente do Centro Português para a Cooperação, organização não-governamental financiada pela Tecnoforma. Foi esta organização que esteve, em Outubro passado, no centro de uma controvérsia sobre o carácter remunerado ou não das funções que Passos Coelho aí exerceu, e sobre uma fraude fiscal que então teria praticado no caso de ter sido remunerado, como alegavam as denúncias então surgidas e por si desmentidas." (...)
(http://www.publico.pt/…/passos-coelho-acumulou-dividas-a-se…)


Passos Coelho acumulou dívidas à Segurança Social durante cinco anos
Primeiro-ministro afirma que nunca foi notificado da dívida, criada entre 1999 e 2004, e que ela prescreveu em 2009, facto de que diz ter tomado conhecimento em 2012....
PUBLICO.PT

Artigo de Baptista Bastos...









Através da página do amigo Rogério Manuel Madeira Raimundo







neste dia...1934...Baptista Bastos
O assalto à democracia








TEMOS de aceitar tudo o que nos é imposto com fatalista resignação? A violência das obrigações imputadas autoriza-nos a reagir com semelhante atitude, exactamente porque o que poderá ser legal perdeu a legitimidade por excesso e atropelo. Ninguém sabe o que nos espera no final desta longa e penosa travessia: nem mesmo aqueles que para ela nos impeliram. Temos de reflectir nas actividades políticas de um Governo que não parece muito animado em aspirações sociais e em equilíbrios éticos. Um Governo declaradamente inclinado em nos empobrecer, em estancar qualquer manifestação de cidadania e pouco preocupado em sacrificar legiões de desempregados e de excluídos. A justiça económica da livre troca é uma monstruosa falácia. Todos os dias sofremos ou temos conhecimento dessa fraude ideológica, mas não conseguimos mobilizar as forças da nossa inteligência e o domínio da nossa razão a fim de enfrentar o embuste que nos desgraça.


O poder perdeu (se alguma vez os teve) o pudor e a respeitabilidade. O exemplo recente das nomeações para a EDP tem o carimbo da coligação; mas, antes, o PS procedeu de igual ou pior forma. Eis a ressurreição do rotativismo do séc. XIX. Não há meio de alterar este pêndulo. O assunto da deslocação de Alexandre Soares dos Santos para a Holanda, reprovável no que comporta de moralmente indigno, define o tratado de hipocrisia dos que desencadearam a "polémica". Então, e os antecessores do processo?, são anjos imaculados ou pertencem todos a uma hagiografia de tratantes? Os mesmos preopinantes que, nos jornais, em bravas elucubrações, esgarçam o projecto socialista e, por antinomia, constituem-se como indefectíveis paladinos do capitalismo, viram-se, agora, contra quê?


O sistema que os procriou é aquele que colonizou as mentes e favorece quem o protege e preserva. Passem os olhos pelos rostos dos que dominam o Governo, mas não mandam no País. Assustam. As ordens procedem de fora. E as rodas dentadas da grande engrenagem movem-se através dessas cumplicidades ocultas. Lenta mas perseverantemente foram roubando o nosso já de si tão ausente protagonismo. Deixámos, há muito, de decidir o nosso destino; mas, pelo menos, possuíamos uma noção de presente, por obscuro que fosse. A marcha de José Mário Branco: "Qual é a tua, ó meu / andares a dizer / quem manda aqui sou eu?" - é o apogeu simbólico e trágico da nossa derrota. Andámos quase sempre enganados; no entanto, talvez aprendêssemos que podíamos ser livres no opróbrio. O regresso ao passado talvez forme novos resistentes.


O Governo a nada acede; não se trata de ceder, sim de aceder. E desrespeita a concertação social, simplesmente ignorando-a, e insultando os sindicatos com a soberba da omissão. Não restam dúvidas de que o assalto à democracia está em andamento acelerado.


UNIR todo o concelho de ALCOBAÇA: 5.378.(11jan2012.13.59') Baptista Bastos
UNIRALCOBACA.BLOGSPOT.COM

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Boa noite, amigos!



História de Portugal: PEDRO e INÊS


Inês de Castro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Inês de Castro
Rainha de Portugal (a título póstumo)

D. Inês de Castro,
«aquela que depois de morta foi Rainha»,
esposa de El-Rei D. Pedro I
Governo
Vida
Nascimento 1320 ou 1325
Galiza
Morte 7 de Janeiro de 1355 (35 anos)
Santa Clara, Coimbra
Sepultamento Mosteiro de Alcobaça
Pai Pedro Fernandes de Castro
Mãe Aldonça Lourenço de Valadares


D.ª Inês de Castro (Reino da Galiza, ca. 1320/1325Coimbra, 7 de Janeiro de 1355) foi uma nobre galega, rainha póstuma de Portugal, amada pelo futuro rei D.Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. Foi executada por ordem do pai deste, o rei D. Afonso IV.

Índice [esconder]
1 Romance com D. Pedro I
2 Execução de D. Inês
3 Descendência
4 D. Inês na Literatura
5 Referências
6 Ligações externas


Romance com D. Pedro I[editar | editar código-fonte]

D. Inês de Castro era filha de D. Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mor do rei D. Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa, Aldonça Lourenço de Valadares. O seu pai, neto por via ilegítima de D. Sancho IV de Castela, era um dos fidalgos mais poderosos do Reino de Castela.

Em 24 de agosto teve lugar, na Sé de Lisboa, o casamento do Infante Pedro I de Portugal, herdeiro do trono português, com D. Constança Manuel, filha de D. João Manuel de Castela, príncipe de Vilhena e Escalona, duque de Penafiel, tutor de Afonso XI de Castela, «poderoso e esforçado magnate de Castela»,1 e neto do reiFernando III de Castela. Todavia seria por uma das aias de D. Constança, D. Inês de Castro, que D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance notório começou a ser comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povo.

Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia com João Manuel de Castela, mas também devido à amizade estreita de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - D. Fernando de Castro e D. Álvaro Perez de Castro. Assim, em 1344, o rei mandou exilar D. Inês no castelo deAlbuquerque, na fronteira castelhana, onde tinha sido criada por sua tia, D. Teresa, mulher de um meio irmão de D. Afonso IV. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês, os quais, segundo a lenda, correspondiam-se com frequência.

Em outubro do ano seguinte D. Constança morreu ao dar à luz o futuro rei, D. Fernando I de Portugal. Viúvo, D. Pedro, contra a vontade do pai, mandou D. Inês regressar do exílio e os dois passaram a viver juntos, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o Rei e o Infante.

D. Afonso IV tentou remediar a situação casando o seu filho com uma dama de sangue real. Mas D. Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher, D. Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, D. Inês foi tendo filhos de D. Pedro:Afonso em 1346 (que morreu pouco depois de nascer), João em 1349, Dinis em 1354 e Beatriz em 1347. O nascimento destes veio agudizar a situação porque, durante o reinado de D. Dinis, o seu filho e herdeiro D. Afonso IV sentira-se em risco de ser preterido na sucessão ao trono por um dos filhos bastardos do seu pai. Agora circulavam boatos de que os Castros conspiravam para assassinar o infante D. Fernando, legítimo herdeiro de D. Pedro, para o trono português passar para o filho mais velho de D. Inês de Castro.
Execução de D. Inês[editar | editar código-fonte]

Coroação póstuma de Inês de Castro

Depois de alguns anos no Norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e instalaram-se no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de D. Pedro, aRainha Santa Isabel, foi neste Paço que esta Rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de Reis e Príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.

Havia boatos de que o Príncipe tinha se casado secretamente com D. Inês. Na Família Real um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. Sentindo-se ameaçados pelos irmãos Castro, os fidalgos da corte portuguesa pressionavam o rei D. Afonso IV para afastar esta influência do seu herdeiro. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade o Rei ordenou a dois conselheiros seus que dissessem a D. Pedro que ele podia se casar livremente com D. Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se nunca com D.ª Inês.

A 7 de janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, numa excursão de caça, foi com Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves,Diogo Lopes Pacheco e outros para executarem Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondegopela morte de Inês teriam criado a Fonte das Lágrimas da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem seriam o seu sangue derramado.

A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz, em agosto de 1355.

D. Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal como D. Pedro I em 1357. Em junho de 1360 fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos ao afirmar que se tinha casado secretamente com D. Inês, em 1354, em Bragança «em dia que não se lembrava». A palavra do rei, do seu capelão e de um seu criado foram as provas necessárias para legalizar esse casamento.

De seguida perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o Reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados em Santarém (segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava, o que é confirmado por Fernão Lopes, com a ressalva de que o carrasco o teria dissuadido da ideia pela dificuldade encontrada nesta forma de execução). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para aFrança e, posteriormente, seria perdoado pelo Rei no seu leito de morte.

D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde trasladou o corpo da sua amada Inês, em 1361 ou 1362. Juntar-se-ia a ela em1367. A posição primeira dos túmulos foi lado a lado, de pés virados a nascente, em frente da primeira capela do transepto sul, então dedicada a São Bento. Na década de 80 do século dezoito os túmulos foram mudados para o recém construído panteão real, onde foram colocados frente a frente. Em 1956 foram mudados para a sua actual posição, D. Pedro no transepto sul e D. Inês no transepto norte, frente a frente. Quando os túmulos, no século XVIII, foram colocados frente a frente apareceu a lenda que assim estavam para que D. Pedro e D. Inês «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final». A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à Rainha D. Inês, já morta, que D. Pedro pretensamente teria imposto à sua corte e que tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular, terá sido inserida pela primeira vez nas narrativas espanholas do final do século XVI.
Descendência[editar | editar código-fonte]

Da relação de D. Inês com o infante D. Pedro de Portugal nasceram:

D. Afonso (faleceu em criança) D. Beatriz, Infanta de Portugal e Condessa de Alburquerque (1347-1381) D. João, Infante de Portugal e Duque de Valência de Campos (1349-1387) D. Dinis, Infante de Portugal e Senhor de Cifuentes (1354-1397)

As dores de cavaco...PORTUGAL

ULTIMAS NOTÍCIAS



Portugal. AS DORES DE CAVACO

O assunto já tem uns dias mas nem por isso pode deixar de provocar perplexidade e indignação.

O actual Presidente da República, Cavaco Silva, referindo-se à situação grega, decidiu, tal como o Governo português, alinhar no coro das pressões, chantagens e ameaças que se fizeram sentir sobre a Grécia nas últimas semanas. Desta vez, Cavaco optou por relembrar os «muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses» para aquele país, insinuando desta forma que qualquer decisão que rompesse com as imposições da UE e do grande capital seria prejudicial para Portugal.

Não cabe aqui avaliar os desenvolvimentos posteriores na Grécia, mas tem uma enorme importância desmontar a hipocrisia e a mistificação a que Cavaco deu voz. De facto, Portugal envolveu-se em 2010 num programa de empréstimos bilaterais aos quais estava associado um conjunto de condicionamentos políticos. Essa «ajuda», que envolveu cerca de 1000 milhões de euros, foi apoiada por PS, PSD, CDS e BE com as consequências que estão à vista. Mas ao mesmo Presidente que procurou instigar o povo português contra qualquer miragem de exercício de soberania de outros povos, não se lhe ouviu, nem ouve, uma palavra sobre os milhares de milhões de euros de recursos públicos despejados no BPN, BPP, BES & Cia, sobre os 35 mil milhões de euros que Portugal pagará (sem renegociação, claro!) de juros pelos empréstimos da troika, sobre os milhões de euros perdidos em negócios ruinosos das chamadas parcerias público privadas, sobre os muitos milhões que são esbulhados ao erário público por via da fuga e evasão fiscal (dentro e fora da lei) a que os grupos económicos e financeiros recorrem.
Na verdade, muitas destas decisões passaram pelas suas mãos e o seu papel enquanto PR tem sido o de garantir que os agiotas e especuladores possam receber até ao último cêntimo o produto da sua agiotagem. Consciente da insustentabilidade da dívida pública (portuguesa ou grega), a sua intervenção política (tal como a do PS, PSD e CDS) ao recusar a renegociação da dívida ou qualquer ruptura com os condicionalismos impostos pela UE, visa tão só a defesa dos interesses do grande capital. O que dói a Cavaco não é o sofrimento do povo português mas a possibilidade de um dia este querer ser dono do seu nariz.

COMENTADORES: "MONSTROS DE SABEDORIAS POLIFACETADAS"...




Comentadores monocromáticos com fim à vista?

por Carla Bernardino

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Com Morais Sarmento às quintas-feiras, com Marques Mendes aos sábados e com Marcelo aos domingos nas generalistas, a opinião filiada no PSD e sem contraditório gera críticas. RTP promete mudanças, políticos criticam, e presidente da ERC diz-se preocupado mas já ter feito a sua parte.

"A RTP tem responsabilidades acrescidas, tanto que já fizemos, há cerca de dois meses, uma análise na qual nos apercebemos de que poderíamos estar numa situação de não equilíbrio", afirma José Manuel Portugal. O diretor de Informação da estação pública tem apenas em antena o comentário de Nuno Morais Sarmento, ex-ministro da presidência de Durão Barroso (PSD), isto depois de o canal ter deixado de contar com o comentário de José Sócrates ao domingo.

"Estamos a tentar colmatar a situação muito rapidamente. Para a semana haverá novidades nessa matéria", acrescenta o responsável, sem adiantar se haverá um novo nome do PS ou se a RTP poderá perder estes espaços de comentário ou até se haverá alargamento a outras forças políticas com assento no Parlamento. Apesar de negar "dificuldades" na resolução do problema, José Manuel Portugal recorda que há situações contratuais que "não são fáceis de resolver", justificando assim o impasse.

A polémica foi agora trazida à luz do dia por Augusto Santos Silva, antigo ministro socialista, que considerou que "o monopolismo" da opinião é "escandaloso" e o "silêncio reinante", "cobarde". "Há três meses, desde que a RTP pôs fim ao espaço de opinião semanal de José Sócrates (como tinha de fazer), que todos os comentários políticos em sinal aberto são da responsabilidade de militantes do PSD: Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, Marques Mendes na SIC e Morais Sarmento na RTP. Isto passa-se em ano eleitoral. Nenhuma personalidade filiada ou próxima de qualquer outro partido, PS, CDS, PCP ou BE, é admitida neste poderoso círculo de influência pública", escreveu, considerando a situação uma "entorse às regras básicas do pluralismo" e onde a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) tem "atribuições".

À Notícias TV, o provedor do espectador da RTP, Jaime Fernandes - que abordou a matéria há cerca de mês e meio, na sequência de queixas recebidas por parte dos espectadores -, considerou que "já devia ter havido uma solução", acrescentando que "o equilíbrio passa por dar voz a toda a gente sem exceção". "Se é para voltar a alargar o comentário da RTP, então a decisão tem de passar por dar opinião a outros partidos com assento parlamentar", advertiu o provedor.

Os privados SIC e TVI têm também obrigações nesta matéria por via da licença que lhes foi atribuída para operarem em sinal aberto. Apesar das diversas tentativas da Notícias TV, não foi possível obter um comentário por parte de Alcides Vieira, diretor de Informação da SIC, nem por parte de Sérgio Figueiredo, homólogo da estação de Queluz de Baixo, que declinou responder às questões. "A RTP tem responsabilidades e a ERC também. Nos canais generalistas privados também há défice de pluralismo e tanto a SIC como a TVI deveriam fazer em sinal aberto o que já têm no cabo", considera Augusto Santos Silva.

Carlos Magno, presidente do organismo regulador dos media, foi um dos que partilhou a mensagem no Facebook do antigo ministro socialista e atual comentador na TVI24, sem acrescentar qualquer opinião.

O presidente da ERC explicou à Notícias TV que "replicou o comentário porque a questão é legítima e porque afirmava que o regulado não estava atento ao assunto. Achei que não era verdade, estou atento", declarou. Confrontado com o facto de haver iniciativas já previstas para olhar esta situação em particular, Magno vinca: "Eu fiz a minha parte, partilhei o comentário na minha página porque acho que o assunto merece ser discutido."

De acordo com a Entidade Reguladora, houve já "oportunidade de se pronunciar publicamente sobre participações que recebeu anteriormente e em que estavam em causa a presença de determinadas forças políticas em espaços de opinião televisivos".

PARTIDOS QUEREM MAIS REPRESENTAÇÃO E PEDEM POSIÇÃO À ERC

"É preciso remeter para a lei e para a questão da diversidade, pluralidade e contraditório. É uma exigência legal para que a comunicação social seja um veículo da democracia. E se, de facto, há falta de pluralismo, diversidade e contraditório, tal põe em causa a credibilidade", afirma a deputada socialista Inês de Medeiros.

O centrista Raul de Almeida recorda que tinha já criticado quando "foi criadoo espaço de José Sócrates na RTP1, como predomínio que os dois maiores partidos do bloco central tinham em termos de opinião, o que não era desejável". Para estedeputado, "o serviço público tem responsabilidades acrescidas, mas os privados também têm obrigações. Por isso, seria enriquecedor haver uma visão mais plural, aberta e inclusiva das diferentes opiniões", afirma.

"O que a realidade do comentário político nos diversos canais de televisão nacionais (generalistas ou informativos) revela é a absoluta hegemonia dos partidos do arco da troika e da dívida, que têm desgovernado o país nos últimos 38 anos - PS e PSD", declara Vasco Cardoso. Para este membro da Comissão Política do Comité Centraldo PCP, "é clara e indisfarçável a discriminação e sub-representação do PCP, que não tem voz fixa semanal em nenhum espaço de comentário, em qualquer canal de televisão. Tal discriminação percebe-se - a análise e a proposta do PCP põem, de facto, em causa a alternância -, mas não se aceita - a democracia, assim o obriga".O PCP tinha já feito uma participação contra a RTP a propósito dos programas de comentários de José Sócrates e de Nuno Morais Sarmento.

Inês de Medeiros considera, a título pessoal, que o regulador "podia fazer mais" e sublinha: "Há uma instância competente que é chamada ERC e compete-lhe fazer a avaliação pela pluralidade." Até ao fecho de edição não foi possível obter um comentário por parte dos deputados do PSD e do Bloco de Esquerda.

A Presença deste VULGAR ALDRABÃO JUNTO DAS CRIANÇAS PODE SER PREJUDICIAL AO SEU CRESCIMENTO CÍVICO!!!!!!!!!




Sociedade
Nuno Crato afirma que o país "melhorou" na educação e saúde desde 2011


27/02/2015 08:05:00
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Nuno Crato sublinhou ainda que Portugal ocupa a 33ª posição na "qualidade da educação básica"
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA



O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou esta noite que o país "melhorou" na área que tutela e na saúde desde que o governo tomou posse, mas reconheceu que apesar dos indicadores positivos continuam a existir "dificuldades" nesses sectores.
"É pena que todas as forças políticas não olhem isto como um resultado importante para o país", lamentou.

"A saúde, a educação primária, a educação superior e a formação melhorou. Isto é importante porque têm sido as áreas em que se tem falado mais que as coisas estão difíceis, que há dificuldades, e há dificuldades, toda a gente sabe, mas nós melhorámos na educação, nós melhorámos na saúde", disse.

Nuno Crato, que falava em Portalegre no âmbito das jornadas conjuntas do PSD e do CDS-PP sobre investimento, justificou as suas declarações reportando-se aos dados apresentados pelo "Economic World Forum" sobre a competitividade em 2014.

"Estamos em quinto lugar como aquele (país) que tem o menor número de dias necessários, em simplificação administrativa, para começar um negócio. Só há quatro países que estão acima de nós. Isto é absolutamente extraordinário", declarou.

Nuno Crato sublinhou ainda que Portugal ocupa no mesmo estudo que reúne mais de 140 países, a 33ª posição na "qualidade da educação básica", recordando que em 2011 o país ocupava a 61ª posição.

"A nossa educação básica nestes momentos de grandes dificuldades (2011, 2012, 2013 e 2014) melhorou significativamente. É uma melhoria muito significativa que todos nós devíamos de estar orgulhosos", disse.

"É pena que todas as forças políticas não olhem isto como um resultado importante para o país", lamentou.

Nuno Crato, que apresentou ainda outros indicadores que considera positivos na área que tutela, terminou a sua intervenção sublinhando que Portugal caminha no sentido de se apresentar "cada vez mais" como um país "moderno", "muito civilizado", com jovens "muito bem formados" e "muito competitivo na arena económica internacional".

Lusa/SOL

RELVAS, O TAL AMIGO DE passos QUE COMPROU UMA "LICENCIATURA"...


Licenciatura de Relvas por decidir no tribunal há mais de ano e meio


ANA HENRIQUES

26/02/2015 - 20:46


Juízes invocam excesso de trabalho, mas Ministério da Justiça recorda que há prazos a cumprir.Imagem de uma manifestação com um cartaz dirigido a Miguel Relvas RUI GAUDÊNCIO




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Está pendente no Tribunal Adminstrativo do Círculo de Lisboa desde o Verão de 2013 o processo sobre a legalidade da licenciatura de Miguel Relvas pela Universidade Lusófona.

Apesar de a ministra da Justiça ter vindo a garantir que os juízes passaram a ter prazos para emitirem decisões, o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais entende que a demora se encontra “devidamente justificada” devido ao “reduzido número de juízes e ao elevado número de pendências que se verificam” naquele tribunal. Por outro lado, esclarece o mesmo órgão, “este processo não tem natureza prioritária nem urgente”.

Foi o Ministério Público que pediu a nulidade da licenciatura, depois de a Inspecção-Geral da Educação e Ciência ter percebido que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares tinha feito uma disciplina apenas com base na discussão oral de sete artigos da sua autoria, forma de avaliação que não respeitava os regulamentos gerais da universidade em vigor na altura, no ano lectivo de 2006/2007, e que obrigavam à realização de um exame escrito.

Miguel Relvas foi considerado aprovado na cadeira de Introdução ao Pensamento Contemporâneo pelo reitor da Universidade Lusófona da altura, Fernando Santos Neves, sem ter frequentado as respectivas aulas. A investigação dos inspectores foi enviada para o Ministério Público, que desencadeou a acção judicial contra a instituição de ensino superior.

Questionado sobre a demora no passado dia 11 de Fevereiro, o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais informou ainda que, apesar de o atraso estar plenamente justificado, a situação estava a ser acompanhada por este órgão. Mas quando o PÚBLICO quis saber em que termos estava a ser feito esse acompanhamento, não recebeu qualquer tipo de resposta, apesar das várias insistências.

O Ministério da Justiça entende que o novo Código de Processo Civil, que impõe prazos mais apertados aos juízes, se aplica subsidiariamente também aos magistrados dos tribunais administrativos e fiscais. “Em todo o caso encontram-se já em processo legislativo alterações ao Código de Processo nos Tribunais Administrativos que impõem prazos obrigatórios, nos mesmos termos do Código de Processo Civil”, informa este ministério.

POEMA





Poema:




GOTAS POÉTICAS




As ideias são-me escassas…
Só sei fazer versos
com palavras adormecidas
que, de repente, despertam,
para viver novas vidas.
Com elas se move a música
do pensamento,
a deslizar
para um rio-alfabeto,
onde me orienta a luz dos pirilampos,
metafóricos momentos de energia-ao-relento.





Olha-me a noite.




A floresta rebenta de símbolos,
que não decifro.




Enfrento-a, com os sentidos despertos
a captar mensagens da voz das árvores, tocadas pelo vento…
Sente-se que o vôo dos pássaros não é só o movimento
das asas abertas, rumo ao firmamento.
A Poesia pode nascer sem ideias?
Questiono o Pensamento.

Maria Elisa Ribeiro
Jan/015

Ataques informáticos, em Portugal

Hackers voltam a atacar e exigem libertação de membros dos Anonymous

Ataque a site do ICS. Acção acontece um dia depois de operação da Polícia Judiciária ter levado à detenção de sete pessoas.
O grupo Sudoh4kers é parte integrante dos Anonymous Portugal PAULO PIMENTA
Menos de 24 horas depois da operação da Polícia Judiciária que levou à detenção de sete pessoas pelo envolvimento em vários ataques a sistemas informáticos de instituições públicas e privadas, o grupo Sudoh4kers, que se identifica como parte integrante dos Anonymous Portugal, reivindicou esta madrugada uma acção contra o Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa.
Num post publicado na madrugada desta sexta-feira na sua página no Facebook, o Sudoh4kers identifica o site do Instituto de Ciências Sociais como alvo de um ataque informático, incluindo o endereço que dá acesso à base de dados de pós-graduação da instituição. No post são avançadaspasswords para aceder à base de dados.
Além do instituto, o grupo lista aqueles que parecem ser os seus próximos alvos, entre eles o site da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e páginas a ele associado. No final da mensagem na rede social, o aviso: "O ataque informático aos órgãos universitários e governamentais continuarão até que os mesmos [membros dos Anonymous] sejam libertados... O avanço com o processo sem conhecimento do mesmo trará futuros problemas para os vossos sistemas."
Horas antes deste post, o grupo publicava uma outra mensagem onde exigia a “liberdade imediata para os sete membros dos Anonymous detidos pela Polícia Judiciária”. "Nós temos ainda mais daquilo que vocês pensam, muito mais... Anonymous é imortal! Não podem prender uma ideia”, acrescentaram.
Pelas 12h15 desta sexta-feira, o site do Instituto de Ciências Sociais registava vários problemas no acesso a várias subsecções. Os separadores de contactos, informações sobre investigação ou sobre o próprio instituto abriam páginas incompletas. Ao PÚBLICO, o instituto recusou fazer qualquer comentário sobre o caso, indicando apenas que “está a tentar resolver o problema”.
O ataque acontece um dia depois de uma operação da Polícia Judiciária ter levado à detenção de sete pessoas, incluindo o criador do site Tugaleaks, Rui Cruz, suspeitas de ataques informáticos a servidores que alojam sites de instituições como a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, a Polícia Judiciária, o Conselho Superior da Magistratura, EDP e Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.
A operação da Judiciária incluiu 24 buscas em Lisboa e no Porto, tendo sido detidas as sete pessoas, com idades entre os 17 e os 40 anos, por suspeita dos crimes de acesso ilegítimo, dano informático e sabotagem informática.
Foram ainda constituídos outros 14 arguidos face a suspeitas de envolvimento nos crimes nesta operação à qual a Judiciária deu o nome de código C4R3T05 (Caretos), numa alusão à típica máscara que simboliza os Anonymous.

Poema de Natália Correia

Poema de Natália Correia (1923-1993), in Net

"O Poema

O poema não é o canto
que do grilo para a rosa cresce. 
O poema é o grilo
é a rosa
e é aquilo que cresce.

É o pensamento que exclui
uma determinação
na fonte donde ele flui
e naquilo que descreve.
O poema é o que no homem
para lá do homem se atreve.

Os acontecimentos são pedras
e a poesia transcendê-las
na já longínqua noção
de descrevê-las.

E essa própria noção é só
uma saudade que se desvanece
na poesia. Pura intenção
de cantar o que não conhece."

Natália Correia, in "Poemas (1955)"
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