quinta-feira, 30 de agosto de 2012

POEMA: TEU OCEANO DISTANTE





TEU OCEANO DISTANTE…

Dói-me o longínquo oceano em cujo mar te banhas.
Não consigo chegar perto, com as ondas a crescer
para eu não te poder tocar.
Olho as nuvens do céu limpo e suspiro por esse espaço de mundo
que me faz desvanecer…
Repreendo-me por não enfrentar tuas águas de sonho!
Sinto-me uma colecção de miragens, onde falta uma Verdade
para me poder completar…

Perpetuo o meu emotivo desejo de partir à aventura
e pegar-me ao teu olhar!

Das profundidades da terra de tonalidades esfíngicas
uma voz recorda-me, constantemente, que estou no
caminho inverso ao do teu universo!
E perto do rio onde te vais banhar, cheira à paixão copiosa
das águas a escorrer pelo peito da montanha,
onde as aves vão beber….

(Mas…se um orvalho miúdo por sobre ti se espalhar,
guarda-o, ciosamente! sou eu que estou a chegar!)

Frágeis véus de transparências oníricas como nuvens de algodão,
despi-los-ei, DEUS do Céu, no meio da escuridão!
Imagino-me embrulhada, em teus braços apertada…
…sorvendo-te, com paixão!
Do lado de lá do mundo, espera teu olhar profundo,
faminto por me acolher.

Mas é tão longe o teu Mar!
Nem mesmo as estrelas do céu ou a luz do ténue luar
são os que vejo brilhar…
Tão distante é o teu Sul, que me perco no meu Norte…

E o Tempo passa correndo, na brisa do nosso ar…
Aspiro o cheiro das tuas flores…bebo o sol da tua mata
e tudo guardo no sacrário do amor…

Loucura!
Triste e lúcida, reconheço, de verdade,
que os ventos não têm vontade
de ,em ti, me verem poisar…



R-189- (vds) -C11L/JLH/011


Marilisa Ribeiro



LUSIBERO COM MAIS DE 50.000 VISITANTES!

MEUS AMIGOS E SEGUIDORES:






FOI COM ALEGRIA QUE, AO VER O MAPA DE ESTATÍSTICA, NOTEI QUE O "LUSIBERO" ULTRAPASSOU OS 50.000 VISITANTES!

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OBRIGADA SENTIDO A TODOS VÓS!


MARIA ELISA RIBEIRO

terça-feira, 28 de agosto de 2012

MULHERES DA HISTÓRIA: GOLDA MEIR






MULHERES DA HISTÓRIA: GOLDA MEIR (GM) (1893-1978)


NOTA: já tive a oportunidade de avisar os meus leitores de que, o facto de escrever sobre um certo vulto feminino, não implica, da minha parte, simpatia especial pelas personagens focadas. Fizeram parte da História do Mundo, para o bem e/ou para o mal. É só nessa qualidade que as distingo, como já fiz com INDIRA GHANDI, AUUN SUNG SU KI, SIMONE DE BEAUVOIR, etc.

Diz AGUSTINA BESSA-LUIS (ABL),: “As mulheres são feitas de uma só matéria abrasiva; a de corromperem as situações estáveis.”in AS TERRAS DO RISCO, 1994, pág. 137
Golda Meir é a única mulher que deu asas ao nascimento de um país, inventando-o e tornando-o a realidade que hoje conhecemos.
Nascida no território que, actualmente, é o da UCRÂNIA, desde muito jovem passou a vida a imaginar um estado onde se reunissem todos os judeus na diáspora, nomeadamente os da antiga União Soviética, acossados de terror, por causa dos cossacos, principalmente.” Um estado-antídoto ao Medo”, como dizia.
Sonhou esse país com fontes e rios, com hortas e quintais, com pomares de sumarentas e cheirosas laranjeiras e cerejeiras, com crianças alegres a cantarem nos recreios das escolas…
As memórias da dura infância de fome e maus tratos assim o sonhavam e o desejo tornou-se vontade imperiosa.
Seu pai emigrou para a América e, pouco depois, chamou a família.
A pequena Golda, desde muito nova, demonstrou gosto pela diplomacia e pelas lides de ordem trabalhosa, complicada e pouco habitual nas mulheres; fumava inveteradamente e foi assim até à morte!
Imiscuída em “ares” políticos, desde cedo se sentiu na obrigação de angariar dinheiro para comprar a logística, em termos de armas, por exemplo, para lutar contra o estado árabe e poder fundar o estado de Israel.
A sua primeira grande aspiração foi ser professora. O pai não o permitiu, dizendo-lhe uma coisa que o meu próprio pai me disse, quando tirei o meu segundo Curso:”As mulheres não nasceram para ser espertas e cultas!” O meu pai acrescentou com uma raiva judaico-cristã:”As mulheres espertas não nasceram para ser felizes!”
Quando o senhor ficou doente e sem forças para a impedir, ela continuou na senda do Sonho, foi Professora, casou, teve filhos, mas…o Estado de Israel estava dentro de si…iria ser verdade.Inscreveu-se no Partido Trabalhista Sionista e partiu para a grande aventura.
Aos setenta anos, quando sentia que nem tudo estava feito e sentindo as marcas do Tempo a avisá-la contra excessos, disse esta frase que ficou a marcá-la:”SER OU NÃO SER NÃO É UMA QUESTÃO DE COMPROMISSO.OU SE É OU NÃO SE É!” (fonte INTERNET)
Em 1921 chegou a TELAVIV; quarenta anos depois, é Ministra dos Negócios Estrangeiros, tendo, sempre, incutido nos ideais dos potenciais pioneiros do Estado, a necessidade imperiosa de se imporem pela dignidade, pela honestidade, rigor e trabalho. Viveu novamente na pobreza, vendo a fome dos filhos, como ela tinha sofrido na União Soviética. O casamento não resistiu em virtude das agruras dos finais dos anos 30.A América foi sempre o seu “cepo das marradas”, nunca lhe virou as costas e ajudou-a nos seus intentos. Se bem pensarmos, com o que sabemos hoje sobre aquela região, isso interessava aos Estados Unidos!
Com a sua entrada na Comissão Executiva da Federação do Trabalho, passou a ser um dos pilares mais sólidos do novo Estado de Israel, cuja independência, depois de tremendas desavenças com os britânicos, por causa do estado palestiniano, foi decretada em 1948.
GM nunca procurou cargos mas também lhes não fugiu, sempre que o novo, periclitante, Estado, o exigiu. Depois de SIRIMAVO BANDARANAIKE, Primeira mulher Primeiro ministro do SRI LANKA, ela foi a Primeira-ministra de Israel.
Passou pela GUERRA dos SEIS DIAS, partilhou a ocupação de GAZA e da península do SINAI, assistiu à tomada de SAMARIA, JUDEIA e MONTES GOLAN. Em 1973 assiste à guerra do YON KIPPUR, liderada por sírios e egípcios. Isso valeu-lhe, a ela e ao estranho MOSHE DAYAN, acusações de falta de visão e de impreparação perante surpresas árabes. Absolvida, doente e cansada, retirou-se em favor de YTZACH RABIN.
Pouco antes de morrer, em 1978, disse: “ A velhice é com um avião no meio de uma tremenda tempestade…Uma vez a bordo, já ninguém nos pode valer.”


Bibliografia: Obras minhas como a velhinha Enciclopédia (revista), “HISTORAMA”,que comprei há alguns anos. Na Internet vi as datas.
Podia dizer mais a respeito deste assunto? Podia…mas não vale a pena, agora. Todos os que hoje somos maduros, sabemos o que quero dizer.
Pugno pelo diálogo entre os dois povos…até porque desejam uma PÁTRIA – também-para o povo palestiniano!

Mealhada, 5 de Janeiro de 2012-01-05
Maria Elisa Ribeiro

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

POEMA: Terra-Mãe






POEMA:TERRA-MÃE




A TERRA , em gretas de dor,
clama pelo meu suor.

Falta o sumo da água nos campos,
para dar nova vida à Flor.

Fere os sentidos , esta imagem
da terra morta ,aos bocados;
sedenta e ansiosa como um botão de rosa
a pobre já não aguenta!
Dissolve-se no ar a água
sem saber onde cair…

Desertos dos Cisnes Negros!
Imagem da foice escura…

Falta Vida, a que enobrece
e faz mover asas brancas
que ,ao soltar a gota d’água,
dá Paz às Esperanças!

Dar-me-ei a ti, TERRA-MÃE!
Sei que no AR, na ÁGUA ou no FOGO
do meu ardor,
me darei a ti, TERRA-MÃE!

Dentro de mim,
sequiosa e magoada,
sou como esta Terra em dor,
sem encontrar o AMOR.

Creio, sim, num Cisne Branco
cheio de PAZ e HARMONIA,
que aparecerá só e quando!-
na TERRA,em vez de sangue
se encontrar Alegria!




C6F-100/52- AGT/09

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

POEMA: BORBOLETAS SONÂMBULAS





Borboletas sonâmbulas


Lua alta, amarela, a deslizar pelo céu…
Sólidas, sob o luar, crescem árvores ramadas
nos jardins triturados pelos momentos apressados da tarde,
que entrou no brilho da noite.

Uma brisa insidiosa insinua-se por entre flores adormecidas,
cujo aroma adocicado embriaga seres entorpecidos.

Há uma ligação nupcial
entre a lua e a terra avermelhada, onde a vida emerge…
Telurismo abrilhantado pelos raios prateados, que gemem reprodução…

O dia está atrasado…não tem vontade de acordar o alvorecer!

Nos teus olhos, a lua cintila ao reflectir os sons da maresia distante.

São belas, as águas do mar, ao sorrirem um aroma,
que nos faz adormecer…
Por sobre a espuma doirada aparece a palidez da escuridão.
E o horizonte dos limites desaparece, quando me tocas com a mão…

Na orla do mundo, numa fracção de segundo,
o brilho lunar salta fragas e pomares
para ver cair a brisa, nas nossas mãos transpiradas.
No jardim, mesmo de noite, continua a primavera do amor
com borboletas sonâmbulas, saltando de flor-em-flor…
…mas o húmus que me enriquece
… vem do teu hálito-ardor.


Marilisa Ribeiro-MAIO/012-(ets)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

POEMA-MÃO DE PAPOILA






POEMA: MÃO DE PAPOILA


Há tardes que dormem nos fenos das searas, que lavam
os sonhos nos ribeiros dos trigais-------------------nos ribeiros dos trigais.

Perdidos pelo meio dos poros das papoilas rubras,
lamentam-se os laranjais-------------------sempre ruivos,
quase maduros-----------------------------------sempre sazonais.

Aromas de pomares-palmares perdem-se em estranhos altares
de brisas distantes
que se acercam sempre mais-------------------------sempre mais,
das ondas de trigo loiro que balançam nos campais----------------------------.

Vagueia , o mar, ao longe---------------------mar de águas prateadas,
azuis, afundadas em espuma--------------------afundadas em espuma-------------

Pelos dedos, donde escorre a ideia que explode no pensamento,
conto os barcos que não vejo…………………………………………………………………………..
que deslizam para o verão dum intento oriental
que se perdeu, nas pedras de um areal----------------------------------------------------

Guardo UM tempo nas palavras
que o vento traz de feição-----------------------------------traz de feição-----------------

Nele tenho a memória do silêncio
e o perfume dos desejos com que enchia a tua mão-----------mão de papoila-----------
do trigo da seara do trigal,
onde fizemos poema-amor-num-campo-lexical-------------------------------------------------



Marilisa Ribeiro-FEV/012 (MSM)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

PASSAGEM DE OLHOS PELOS JORNAIS...





PASSAGEM DE OLHOS PELOS JORNAIS


1-O PSD faz, hoje, o comício de entrada no novo ano político. Não o faz, no entanto, como era costume: no PONTAL, de porta aberta a todos…Fá-lo, à porta fechada, num recinto de um hotel,-creio- e com entrada paga.
Embora os organizadores digam, afirmem e reafirmem, que não tem nada a ver com manifestações contra o sr. Passos coelho e outros mentores de medidas gravosas do governo contra os portugueses, numa atitude de medidas de austeridade que ultrapassam, grandemente, o que tinham combinado com a “TROIKA” dos governos estrangeiros que nos estão a avaliar, a verdade é que essas medidas têm posto o país na miséria e no desemprego galopante que, acaba de dizer o EURO STADE, voltou a subir, dramaticamente, no mês anterior; há mais quase 200000 desempregados, em relação ao mesmo período do ano passado!

Isto quer, muito simplesmente dizer, que as “políticas” do governo para PORTUGAL, falharam redondamente e os ministros que têm sido apupados e vaiados, não terão paz, continuarão a ser confrontados, por todo o lado para onde forem, com a sua falta de visão e ineficácia, no governo de Portugal. O governo está cada vez mais só! Infelizmente, está acompanhado só nas falências, no desemprego, na miséria a que ,num ano, agravou no nosso país. É por isso que a festa do P SD é à porta fechada! Há medo da contestação dos que estão na desesperança! E de tal modo que , segundo as notícias do Telejornal da SIC , todo o espaço da festa tem sido revistado, minuciosamente, pala segurança e pelos seguranças do primeiro ministro!

Ao que chegou a paranoia! O primeiro-ministro tem medo! Mas, de quê? Nunca os portugueses fizeram mal aos políticos, senão por palavras! E não temos o direito de nos lamentarmos contra factos que nos têm posto na lama social, perdendo todos os direitos, mesmo os adquiridos, alguns, no tempo de Salazar?

Querem calar-nos por nos queixarmos de ver as lojas a fechar, falidas, sem poderem aguentar o ritmo do aumento de impostos? Querem que o povo “aceite a canga”e continue a não se lamentar por ver que os sacrifícios que lhe têm pedido, afinal, não resolveram nada e serviram só para sermos roubados?

Bem podem esconder-se, atrás de taipais , os membros do governo…

2-Está ao rubro o caso dos documentos DESAPARECIDOS da compra dos submarinos de Portas e outros…Ninguém sabe onde param…O Ministério da Defesa não sabe deles…
Recordo que, quando Portas deixou de ser ministro da defesa, quando vivia no Forte de S. Julião da Barra, a imprensa de então comentou que ele se desfez de milhares de documentos, porque, dizia, “eram dele e deles podia fazer o uso que muito bem entendesse” (mais palavra, menos palavra). Já nessa altura tive a oportunidade de dizer “que não”! e “ não”, porque os documentos eram e continuam a ser de Portugal!
Forçoso se torna, por conseguinte que, se “a culpa não continuar a morrer solteira” no país, Sua Exa o SR. Procurador-Geral da República dê andamento rápido ao esclarecimento deste assunto.Gostei de ouvir o ex-ministro Portas dizer que está disponível para ajudar a esclarecer este assunto. Outra coisa não seria de esperar de um homem de bem e de princípios!
” A ver vamos”, como diz o cego…
3- A recessão está a deixar o país na mão dos Psiquiatras…Assim o disse um deles, um dia destes, ao ser entrevistado, num telejornal. O caso do estado de espírito dos povos, perante situações como a que estamos a viver, está já inscrito nas preocupações da Organização Mundial de Saúde. E não é de admirar que as exportações de ouro usado tenham aumentado, exponencialmente…Muitos estão a vendê-lo para poderem sobreviver…As lojinhas de bairro reactivaram o uso das velhinhas cadernetas de débitos. Basta ver o que gastamos em meia dúzia de artigos indispensáveis, quando vamos às compras.


Até um dia destes, amigos.
Mealhada, 14 de Agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

POEMA: CANTO CELTA...


UM CANTO CELTA


.ampulhetas-sol recolhem o tempo feito-areias-de-temor.
.cai ,lenta e densamente, cada fracção-no-espaço-que-sou.
.mergulho a alma na areia, no seio da clepsidra, para
ir -sendo-a-viver .

.acordo na madrugada, quando tenho um poema
pronto para te oferecer.
.as palavras juntam-se em versos do ser
que tenho para te dar.
.a eternidade vivo-a a teu lado, no verso que vai crescendo
nesse olhar perscrutando os ares no deserto-do-não-ser,
---------------------------------------se eu não o puder viver…

.um canto céltico soando a fado
junta-se numa fanfarra –de-gaitas-de-fole,
em que as guitarras choram saudades de canelas e de caril…

.magia no ar do ar das florestas
onde os druidas preservam o odor
dos cantos de flores-mil----------------------------------------------

.cheira a salsa, a rosmaninho e a hortelã-pimenta
no meio das urzes, das giestas e das ervas rasteiras
onde a natureza tece uma manta ,e eu me enrosco
numa palavra -atenta – pronta- a -nascer.

Minha poesia acontece na força de uma semente
que grita , do fundo da terra, a urgência de germinar!

Palavra minha! Canto de flauta! Toque de adufe! Som de guitarra
que salta da pauta-------------------numa ondina de enfeitiçar!


Marilisa Ribeiro-FEV/012-(MSG)

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ANÁLISES RÁPIDAS...


ANÁLISES RÁPIDAS…

“O verdadeiro problema da humanidade é a indiferença. A violência, os crimes, a pobreza, o ódio, os políticos safados colocados no poder e a ignorância são só as consequências.
Ana Gabriela Drummond


1-Temos visto, através dos canais de TV e por notícias nos jornais, o afluxo de turistas, dos mais variados países, ao nosso país.
São notícias agradáveis, neste duro momento de crise que estamos a viver.

Fico feliz, sobretudo, com a vinda, cada vez mais assídua, dos nossos irmãos brasileiros, cujo poder de compra, fruto do desenvolvimento do país-irmão, permite viagens e compras que deixam milhões de EUROS no nosso deprimido território.
Lindo é ver que as nossas amigas brasileiras vão pelas ruas carregadas de sacos de compras, dizendo aos repórteres das TVs que cá compram muito, porque tudo é mais barato. É claro que para os portugueses está tudo muito mais caro mas o que importa são as divisas que todos nos deixam e que vão, lentamente, ajudando a debelar a crise.


2-Uma notícia, no jornal “ Público” de hoje, 7 de Agosto de 2012, diz que um português a viver em Inglaterra, roubou um gelado e que, por tão grave crime se arrisca a ser repatriado!
Dá para rir, não fosse pensar mos que isto poderá ser o Drama da vida deste homem, enquanto outros ladrões de outros “suculentos gelados “andam por aí na maior e “emigram” para outros países, voluntariamente, sem que ninguém os incomode. É perfeitamente surrealista perder linhas de escrita com um facto destes! Pena que não tivéssemos tido jornais suficientes, no século XIX, para denunciar as atitudes menos dignas dos ingleses, em Portugal…


Mas as coisas não são simples como podem parecer, assim..à primeira vista…


O homem esteve envolvido nos célebres motins que “varreram” algumas cidades inglesas no ano passado; julgado e condenado a uma pena de 16 meses de prisão, está agora em lista de repatriamento. É caso para dizer que quem tem sede ou calor, durante um motim, em Londres não deve roubar gelados…deve ir a uma fonte …


3-Em Setembro próximo, vai assistir-se ao maior despedimento colectivo de funcionários, em Portugal. São mais de 13000…são Professores…Alguns, estão já a preparar-se para abandonar a pátria madrasta que deles se serviu por períodos de 10. 20, 30 e tal anos e que agora os deita fora , como ossos sem carne…Alheados, amargurados, desmoralizados, cada vez mais envelhecidos e sem esperanças, os professores já não acreditam em nada, nem ninguém.

Em 2008, se bem nos recordamos, os professores deste país levaram a cabo um protesto contra a ministra , numa manifestação de mais de 120000 almas ansiosas por justiça, que foi considerada a maior luta de docentes da Europa. Passados estes quatro anos, tudo piorou de tal forma, que somos forçados a reconhecer que não há Ensino, em Portugal!


4-A guerra civil na SÍRIA…o horror na SÍRIA…o genocídio na SÍRIA…as deserções de personalidades sírias, abandonando o louco ditador que manda matar tudo e todos, com a maior ferocidade possível, para poder continuar a ser dono das vidas dos seus irmãos de raça.
A ONU mostra-se “preocupada”…os massacres continuam com os apoios da Rússia e da China…POR QUE SERÁ???????????????


As leis humanitárias internacionais não valem para o POL-POT ASSAD! O IRÃO já por lá anda…
O mundo, assiste…

Voltarei…
Mealhada, 7 de Agosto de 2012-08-07
Maria Elisa Ribeiro

sábado, 4 de agosto de 2012

POEMA: SEARA


SEARA


Inchado de redondo-luz, deita-se no mar, o Sol…
As portas do horizonte-em-tons-vermelho-alaranjado
abrem-se, de par em par, e deixam-no acomodado.

Na seara, que cresce numa pujança-erótica,
ondeiam brisas mortiças que arrastam ondas de
trigo-pão para o centro-caótico da corola das papoilas rubras,
que me acenam da tua mão.

(Nos cantos agrestes do meu quarto
onde não entra o luar,
vai murchando uma paixão-de- seara-a-morrer…)

Amaste-me, quando te sorri…
Viveste-me, quando te vivi…
Bebeste o suor que te dei…ali…
num lençol cheirando a jasmim…

FOMOS SEARA POTENTE NO CALOR-SUFOCANTE-do verão-que-ardemos…

Ainda voam passarinhos na planície grávida de sementes,
perto das árvores sedentas do riacho que secou.
‘Inda encontro faúlhas do teu perfume
nos caminhos cobertos de sol-lume-a-queimar-
-o- que- o-passado- levou…
…caminhos-ardentes…

…e os passos na calçada deixam-me alvoroçada…

Esqueço que o Tempo voou, sem sabermos, para um Futuro que não previmos!

( Pura retórica, esta divagação pelo meio do poema,
bela flor do meu universo humano, imerso no odor do tema…)

Um inesperado relâmpago-eu ouvi o trovão!-rasgou o véu crepuscular-da-memória!

Acabou a melodia -na -explosão-sinfonia-do-Mistério --------------------------------------
Nos sentidos, tenho Chopin … na hora de Poesia em que
junto as sílabas do verso no reverso da história ----------------------------------------------

Fulgurante e harmoniosa plenitude de espírito-corporal
foi a magnitude que tecemos, na bíblia da nossa conjugação astral !
Hoje, há flores que desconhecem sonatas de movimentos de amor…
Há tristeza no canto das cotovias loucas…
…e até o mar soluça quando recorda o que foram
as nossas rumorosas melodias…
…tão poucas…


Marilisa Ribeiro-(ERT)-Jnh/012