quarta-feira, 10 de março de 2021

Artigo de sobre "essa coisa" a quem deram o nome de "Cavaco"







 Para que nunca se apague a memória colectiva sobre este Silva mesquinho, ressabiado e rancoroso.

Em 1989, quando era Primeiro-ministro, Cavaco Silva recusou-se a conceder ao Capitão de Abril Salgueiro Maia uma pensão "por serviços excepcionais e relevantes", precisamente na altura em que lhe foi diagnosticada uma doença cancerosa, que o viria a vitimar em 4 de Abril de 1992.
Esta incompreensível atitude foi objecto de generalizados e vigorosos protestos na sociedade portuguesa, até por que foi tomada na mesma altura em que Cavaco Silva concedia idêntica pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS.
Em 1988, o próprio Salgueiro Maia requereu a concessão de uma pensão destinada a contemplar os chamados "serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país".
A atribuição daquela pensão dependia obrigatoriamente de um parecer favorável do Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República.
Com data de 22 de Junho de 1989, o parecer favorável, votado por unanimidade, sublinhava que "o êxito da Revolução muito ficou a dever ao comportamento valoroso e denodado daquele que foi apodado de Grande Operacional do 25 de Abril".
Enviado ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, o parecer nunca foi homologado.
Esta recusa só viria a ser conhecida três anos depois, quando o executivo de Cavaco concedeu a mesma pensão a dois inspectores da extinta PIDE/DGS, António Augusto Bernardo e Óscar Cardoso.
Bernardo foi o último chefe da delegação da DGS em Cabo Verde, enquanto Cardoso foi um dos pides que se entrincheiraram na sede da rua António Maria Cardoso e que fizeram fogo sobre uma pequena multidão, tendo causado os únicos quatro mortos da revolução.

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