terça-feira, 28 de outubro de 2014

AS REFORMAS ESCANDALOSAS DE "ALGUNS PORTUGUESES".TEXTO RECEBIDO DO AMIGO JOSÉ ALEIXO, da jornalista Clara Alves.


Fernando Manuel Neves


Escândalo das primeiras figuras do Estado... ao que isto chegou!


ISTO É UM ROUBO !!!


QUE GRANDE ESCÂNDALO...

SABIA QUE ASSUNÇÃO ESTEVES RECEBEU ATÉ 2012, MAIS DE UM MILHÃO DE
EUROS, DA SEGURANÇA SOCIAL... MAS EM 10 ANOS DE SERVIÇO SÓ DESCONTOU
290 MIL EUROS, PARA A SS. E TEM ESTADO A SALVO DOS CORTES! DEPOIS
DIZEM QUE NÃO HÁ SUBSÍDIOS DE DESEMPREGO NEM DINHEIRO PARA REFORMAS!

Este artigo de Clara Ferreira Alves, deixa a nu, a forma como se
governam os nossos membros do governo, legislam para que possam
usufruir de regalias injustas, insustentáveis, inadmissíveis,
vergonhosas, abusivas, sem o mínimo respeito pelo povo português.

Tudo para manterem uma vida de luxo, parasitária, desde bem cedo e até
ao fim dos seus dias.
Contrastando com os restantes portugueses, paga reformas a quem por
vezes nem chega a descontar mais que um ou 2 anos.

Mais uma vez Cavaco Silva, na origem de tudo isto... foi no governo
dele, 1980, que se deu inicio a esta ideia brilhante de saque
descarado e lesivo do bem comum, mas desde então, nenhum governo a
travou ou alterou, todos gostam dos luxos que lhe proporciona.

OS REFORMADOS DA CAIXA.

"A JORNALISTA Cristina Ferreira publicou um interessante artigo no
"Público" sobre as reformas de três atuais presiden­tes de bancos
rivais da Caixa Geral de Depósitos.

O fundo de pensões da Caixa, cito, "paga, total ou parcialmente,
refor­mas a António Vieira Monteiro, do Santander Totta, Tomás
Correia, do Montepio Geral, e Mira Amaral, do BIC Portugal." Três
ativíssimos reformados.

Vale a pena perceber como aqui chegá­mos.

Durante décadas, os fundos de pensões dos seguros e da banca privada
foram constituídos pela capitalização das Contribuições das próprias
empresas, entidade patronal, e dos seus funcioná­rios, não onerando o
Estado.

O Estado não era responsável pelas pensões nem pela capitalização
desses fundos. Desde os anos 60 era este o sistema, tendo o primeiro
contrato coletivo de trabalho sido livremente negociado, rompendo com
o sistema corporativo, entre o Grémio dos Bancos e o Sindicato dos
Bancários em 1971. No marcelismo.

Em 1980, durante o primeiro governo da AD, com Cavaco Silva, as
pensões de reforma passam a ser atribuídas a beneficiários no fim do
exercício de certas funções independentemente de estarem ou não em
idade da reforma.

Uma pes­soa podia exercer o cargo de administra­dor do Banco de
Portugal ou da CGD durante um ou meio mandato, e tinha direito à
reforma por inteiro a partir do momento em que saía da instituição.

Não recebia na proporção do tempo que lá tinha estado ou da idade
contributiva. Recebia por inteiro. E logo. Na banca pública, podia
acontecer o que aconteceu com Mira Amaral, que, segundo Cristina
Ferreira, depois de ter gerido a CGD, "deixou o banco com estrondo".
"Na sequência disso, Mira Amaral reformou-se." Ao fim de dois anos.
Segundo ele, quando se reformou teve direito a "uma pensão de 38 anos
de serviço, no regime unificado, Caixa Geral de Depósitos e Segurança
Social. Depois de ter descontado desde os 22 anos para a Caixa Geral
de Aposenta­ções". O que é certo é que Mira Amaral recebe uma parte da
sua reforma do fundo de pensões da CGD, que está em "austeridade",
acumula prejuízos e recorreu a fundos públicos para se capitalizar.

Mira Amaral trabalha como presidente-executivo do BIC, dos angola­nos,
em concorrência com o banco do Estado.
Não é o único. Jorge Tomé, presidente do Banif, banco que acumula
prejuízos, que não conseguiu vender as obrigações que colocou no
mercado e que recorreu a fundos públicos, estando 99% nacionalizado,
foi do Conselho de Administração da Caixa. Pediu a demis­são da Caixa
quando foi para o Banif, mas teve direito a "pedir reforma por doença
grave", segundo ele mesmo. A "doença grave" não o impediu de trabalhar
no Banif e, no texto de Cristina Ferreira, não esclarece qual o
vínculo que mantém com a Caixa.

A CGD paga a cerca de uma vintena de ex-administradores cerca de dois
milhões brutos por ano. Dois destes ex-administradores, António Vieira
Monteiro do Santander Totta e Tomás Correia, do Montepio Geral, junto
com Mira Amaral, recebem reformas (totais ou parciais) do fundo de
pensões da CGD, trabalhando, repito, em bancos da concorrência.

As reformas mensais destes três ex-gestores, que não são ilegais,
porque a lei autoriza o traba­lho depois da reforma e descontaram para
o sistema de previdência social, andavam entre os 16.400 e os 13.000
euros brutos.. Depois dos cortes situam-se à volta dos 10.000 euros
brutos.

À parte esta perversão, legal, o Estado resolveu, para abater a dívida
pública, comprar os fundos de pensões da banca, das seguradores e de
empresas privadas como a PT, comprometendo-se a pagar no futuro as
pensões aos seus trabalhado­res.

Resta demonstrar se o capital desses fundos de pensões será suficiente
para os compromissos das pensões presentes e futuras ou se o Estado se
limitou, para equilibrar as contas naquele momento, a comprometer todo
o sistema público de Segurança Social e aposentações. Porque os fundos
eram, são, vão ser, insuficien­tes.

A partir de agora, as pensões da banca privada passaram,
simplesmen­te, a ser responsabilidade pública. Tolerando-se, como se
vê pelos exem­plos, a acumulação de pensões de reforma públicas com
funções executi­vas privadas e concorrentes.

O advoga­do Pedro Rebelo de Sousa, presidente do Instituto Português
de Corporate Governance, IPCG, não vê nisto nenhum problema, nem
sequer na legitimidade de o Estado pagar reformas (incluindo,
supõe-se, por invalidez ou ao cabo de dois anos de mandato) a
ex-gestores da CGD que agora presidem a grupos rivais. Diz ele que "a
reforma é um direito adquirido".

E eu que pensava que a reforma dos pequenos reformados, dada a troika
e a austeridade, era um falso direito adquiri­do, como os ideólogos e
teólogos deste governo e da sua propaganda não se cansaram de nos
fazer lembrar."

Clara Ferreira Alves, em "REVISTA" 10 Ago, 2013

Questiona-se a forma como foi negociado este compromisso. Se nos
guiarmos pelos exemplos do passado, será fácil de perceber que o
negócio vai sair caro aos portugueses e beneficiar os que venderam os
seus fundos de pensões, ao triste estado que nunca tem quem o
represente com lealdade.

Talvez daqui a uns 10 ou 12 anos, tal como as PPP e outras
trafulhices, esta também venha a público.

Nota: Mira Amaral, que foi ministro nos três governos liderados por
Cavaco Silva e é o mais famoso pensionista de Portugal devido à
reforma de 18.156 euros por mês que recebe desde 2004, aos 56 anos,

apenas por 18 meses, de descontos como administrador da CGD.

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